domingo, 25 de março de 2018

Conhecendo o Programa NUVEM Unisinos

Em 19/03/2018 foi o lançamento do Programa NUVEM - Núcleo Universitário de Educação para as Mídias pela Unisinos  - Universidade do Vale do Rio dos Sinos.


Neste primeiro momento, o Programa NUVEM oportunizou um debate sobre o uso das rede sociais, fake news (notícias falsas) e exercício da cidadania e contou com a presença de:

- Pe. Pedro Gilberto Gomes, professor e vice-reitor da Unisinos 
Sua fala contribuiu para a reflexão inicial sobre as demandas que envolvem comunicação, cultura e mídia. Fortalecendo a dialogicidade entre diferentes possibilidades da comunicação midiática sob uma perspectiva reflexiva e respeitosa entre os sujeitos envolvidos.

Profa. Pós Dra. Anna Christina Bentes do Departamento de Linguística da UNICAMP/SP. 
Sua contribuição versou sobre o uso da língua(gem), focando no sistema linguístico e nas suas relações entre outros sistema de cunho verbal e não verbal. 

- Advogado e Profº. Ricardo Campos, assistente de docência na disciplina do direito público e teoria do direito na faculdade Goethe Universität Frankfurt am Main na Alemanha.
Propondo o diálogo sobre a jurisprudência que se encontra implícita nas relações estabelecidas entre os sujeitos que frequentam as redes sociais e perpassando por situações do cotidiano que envolvem o usuário com questões pertencentes ao Direito Internacional Econômico, ao Direito Público, ao Direito Penal, ao Direito de Mídia, bem como a Filosofia do Direito e a Sociologia.

- Jornalista e Colunista Luis Nassif, comentarista econômico na Rede Bandeirante de Televisão e da TV Cultura de São Paulo.
Aprofundou o debate sobre a temática "fake news", desdobrando as reflexões que surgem a partir do significado de "notícias falsas" que, mesmo antes da existência das redes sociais, já eram utilizadas por mídias impressas e televisivas de renome nacional e internacional. Perpassou por alguns exemplos reais vivenciados por ele durante suas vivências na área do jornalismo. Nos conduziu por reflexões sobre a gestão das redes sociais, a inovação, os direitos sociais e a terminologia "justiça de transição".

Conceituando que:  “Toda transição é diferente. Todavia, não importa onde se concretize, a verdadeira justiça de transição só se realiza quando traz justiça para as vítimas”. (Faermann, 2015).

Podemos encontrar a reportagem completa sobre a terminologia "Justiça de Transição": https://jornalggn.com.br/tag/blogs/grupo-justica-de-transicao

Considera-se, portanto, essencial participar de ações pontuais que se propõem a estudar e dialogar o uso das redes sociais, ainda mais em tempos de mídias móveis.

Deste modo, mais uma ação potencialmente afirmativa como a proposta do Programa NUVEM é de fundamental interesse para que professores e estudantes não só estejam conectados e acompanhando as tendências tecnológicas na interação dos sujeitos, mas principalmente que compreendam suas funcionalidades e que as utilizem com respeito aos direitos humanos.


domingo, 18 de março de 2018

Criação de Materiais Pedagógicos Digitais

Umas das demandas da educação tecnológica nas escolas de educação básica é a criação de materiais pedagógicos digitais. Algumas opções podem nos servir de exemplo e inspiração.

Na área da educação audiovisual, um potencial vídeo instrutivo e didático criado sobre os meios de transportes pode ser visualizado neste link Projeto "No trânsito somos todos pedestres". O interessante nesta produção é que todos os alunos estiveram envolvidos na produção: inicialmente a Maquete e, posteriormente, na criação do roteiro e da montagem de cenas para criação do vídeo estudantil.

Há, também, registros de atividades na Universidade no repositório do Lume UFRGS que nos remetem ao Desenvolvimento de Mídia para a Educação a Distância. ]Percebemos que a interatividade está cada vez mais presente nas aulas, envolvida por: apresentações em Power Point, Prezi, filmes curtos e dinâmicos, bem como a criação de aplicativos que proporcionam uma integração do conteúdo estudado à nossa prática cotidiana, considerando sua proximidade e seu fácil acesso. As propostas pedagógicas na escola, podem e devem estar envolvidas neste processo de construção e de exploração dos materiais pedagógicos digitais, pois dele demanda não só a perspectiva da interação, mas principalmente a possibilidade de integrarmos mais de um conhecimento num mesmo material, envolvendo o aluno na construção dos mesmos e na elaboração dos seus saberes de forma compartilhada e colaborativa.

Podemos citar também, com foco ainda na educação audiovisual a proposta pedagógica que envolve a Leitura de criações audiovisuais contemporâneas: desenho animado e videoarte, mais um material disponibilizado no Lume da UFRGS.

A dinâmica do uso das potencialidades do audiovisual em sala de aula representam uma metodologia aplicada à aprendizagem colaborativa e significativa. Especialmente quando se trata de turmas de crianças menores, como por exemplo na educação infantil em que a participação de todos é essencial durante o processo de seleção do tema, preparação dos materiais, criação da ideia base para o filme, escrita coletiva do roteiro/história, construção de cada etapa do processo, gravação de vídeo/cenas, gravações de áudios, escolha de imagens/cenas, montagem da primeira versão, assistir a versão preliminar, reeditar, filmar e gravar mais áudios, montar e remontar a sequência, adaptar o roteiro criado inicialmente (quando necessário), estabelecer critérios para participar de festivais e mostras de vídeos estudantis, envolver as famílias no processo criativo e no importante papel que desempenham de espectadores, envolver a comunidade escolar também como espectadores. 

Esta ideia é reforçada pelas pesquisas de Pereira (2012, p. 30), que nos fazem refletir que:
"Trabalhar com a produção de vídeos nos apontou muitos caminhos para educar pessoas que saibam exercer sua cidadania, pois ao lidar com as possibilidades de sua imagem em relação com a imagem do outro, criar histórias em conjunto e respeitando o pensamento do outro, é um exercício de socialização, de respeito e, sobretudo de valorização de si e do outro porque juntos e somente juntos podemos criar coisas novas. Juntos podemos pensar alternativas para uma nova forma de viver e superar os problemas que as gerações passadas nos impuseram e juntos podemos criar novos horizontes".

Deste modo, entende-se que permitir essencialmente um olhar atento e uma escuta sensível são peças chaves para desencadear toda ação educativa que envolve a criação de materiais digitais na escola, especialmente os vídeos estudantis com a educação infantil.


REFERÊNCIAS
PEREIRA, J. e JANHKE, G. Produção de Vídeo nas Escolas Educar com Prazer - Estudo de Caso Escola Independência. Pelotas: 2012.

sábado, 10 de março de 2018

Educação Infantil na Era Digital: Olhar Atento e Escuta Sensível

Na construção do Plano Anual de Trabalho da Educação Infantil 5 para 2018, uma das abordagens principais é o enfoque em uma proposta pedagógico que envolva as crianças sob a perspectiva de um olhar crítico e da escuta sensível na era digital.

Como nos faz refletir Mattos (2013) sobre a importância da criança "Aprender a usar a tecnologia com responsabilidade, em que os professores dão dicas de boas práticas e falam sobre as políticas de privacidade". 

O autor Aurélio (2010) nos impulsiona a refletir que "[...] a Inclusão Digital é especificamente um meio interativo e construtor de significados inseridos na contemporaneidade." Deste modo, nos cabe, enquanto educadores, o potencial formador não só de opinião, mas principalmente de atitude saudável e positiva frente as demandas que emergem da maneira como todos nós, educandos e educadores, lidamos com as tecnologias, seus avanços e, em especial, as mudanças que surgem de nossa interação com as mesmas.

Penso que a inclusão digital é de fato muito importante, especialmente quando ela é pensada exatamente para as crianças em idade até os 6 anos. Pois entendo que esta faixa etária, a da primeira infância é o momento em que as crianças constroem laços marcantes nas interações com os recursos  tecnológicos e na socialização. Outro fator marcante, nesta faixa etária, é o gosto que as crianças pequenas demonstram ter por histórias, desenhos animados, coloridos e imagens que contenham movimentos, bem como por atividades diversificadas como brincadeiras de encaixe, dominó e jogo da memória. Deste modo, pensar o quanto todos estes recursos são estimulantes quando aliados à utilização do computador como ferramenta pedagógica, é perceber que a tecnologia também está presente no dia a dia da criança em idade pré-escolar. Por isso é fundamental incentivar o educador infantil a levar as crianças pequenas a percorrerem caminhos pedagógicos em que sejam desafiadas a brincar, interagir, aprender e ensinar, construindo uns com os outros a utilização dos recursos que a inclusão digital inserem ao currículo da educação infantil, de forma lúdica e interativa. 

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil trazem o seguinte: 
"Ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo próprias, com os demais e o meio ambiente de maneira articulada e gradual, as Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem buscar a interação entre as diversas áreas de conhecimento e aspectos da vida 10 cidadã, como conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores. Desta maneira, os conhecimentos sobre espaço, tempo, comunicação, expressão, a natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados e a educação para a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a ciência e a tecnologia". (Parecer CEB022/98, MEC, p.12)

Refletir sobre a citação encontrada no material do Ministério da Educação que nos fala sobre o referencial da educação infantil, nos traduz um pouco esta preocupação sobre a questão da maneira como vamos lidar com a questão da tecnologia na educação infantil.

Deste modo, ao pensar o Plano Anual de Trabalho para 2018 na turma Infantil 5, considero como objetivo principal proporcionar a inclusão digital às crianças da educação infantil, com a perspectiva de:
- promover a criatividade;
- instigar a curiosidade;
- explorar e desenvolver a coordenação motora fina;
- garantir o direito a inclusão digital;
- interagir e conhecer diferentes linguagens;
- estimular o raciocínio lógico;
- auxiliar na percepção de cores e diferentes formas/texturas;
- proporcionar momentos de interações criativas em que crianças e adultos aprendem e colaborem com a aprendizagem uns dos outros;
- ampliar o repertório sonoro e audiovisual das crianças e seus familiares;
- produzir materiais de autoria colaborativa;
- valorizar as produções artesanais e da comunidade local no fazer pedagógico diário;
- articular o fazer pedagógico através de ações coletivas em respeito à diversidade cultural e étnica.

Portanto, é sempre impactante e necessário reafirmar que educar é procurar chegar a criança por diferentes caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pela criatividade, pela música, pela representação, pela tecnologia, pela mídia, pelo áudio, pelo vídeo, pela palavra e principalmente pelo olhar atento e pela escuta sensível.


REFERÊNCIAS
AURÉLIO, Denise Antunes. Inclusão Digital na Educação Infantil. CINTED/UFRGS. Alegrete: 2010. Acesso ao link em 08/03/2018: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/141551

MATTOS, Cristiana. Educação Infantil na Era Digital. Colégio Bandeirantes. São Paulo: 2013. Acesso ao link em 08/03/2018: https://youtu.be/6b-7_vspdrs

domingo, 4 de março de 2018

2018: Educação Infantil, Apoio Pedagógico e UFRGS (PEAD e Monitoria EAD)

LEITORES E LEITORAS DO MEU BLOG,
é com alegria que apresento um pouco como será minha vida profissional neste primeiro semestre letivo de 2018:
- como Professora Regente 1, estarei atuando na turma Educação Infantil 5, envolvida com Educação Audiovisual e Educação Musical, novamente em parceria com a colega Márcia Jung;
- como Apoio Pedagógico, estarei auxiliando a Equipe Diretiva e Pedagógica de Escola Municipal de Educação Infantil no município de São Leopoldo/RS;
- como Estudante Universitária, estarei ingressando no Eixo VII do Curso de Pedagogia - Licenciatura a Distância e aprendendo muito ao realizar Monitoria na Disciplina Educação a Distância e Ambientes de Aprendizagem, sob coordenação da Profª Drª Cíntia Inês Boll.