Umas das demandas da educação tecnológica nas escolas de educação básica é a criação de materiais pedagógicos digitais. Algumas opções podem nos servir de exemplo e inspiração.
Na área da educação audiovisual, um potencial vídeo instrutivo e didático criado sobre os meios de transportes pode ser visualizado neste link Projeto "No trânsito somos todos pedestres". O interessante nesta produção é que todos os alunos estiveram envolvidos na produção: inicialmente a Maquete e, posteriormente, na criação do roteiro e da montagem de cenas para criação do vídeo estudantil.
Há, também, registros de atividades na Universidade no repositório do Lume UFRGS que nos remetem ao Desenvolvimento de Mídia para a Educação a Distância. ]Percebemos que a interatividade está cada vez mais presente nas aulas, envolvida por: apresentações em Power Point, Prezi, filmes curtos e dinâmicos, bem como a criação de aplicativos que proporcionam uma integração do conteúdo estudado à nossa prática cotidiana, considerando sua proximidade e seu fácil acesso. As propostas pedagógicas na escola, podem e devem estar envolvidas neste processo de construção e de exploração dos materiais pedagógicos digitais, pois dele demanda não só a perspectiva da interação, mas principalmente a possibilidade de integrarmos mais de um conhecimento num mesmo material, envolvendo o aluno na construção dos mesmos e na elaboração dos seus saberes de forma compartilhada e colaborativa.
Podemos citar também, com foco ainda na educação audiovisual a proposta pedagógica que envolve a Leitura de criações audiovisuais contemporâneas: desenho animado e videoarte, mais um material disponibilizado no Lume da UFRGS.
A dinâmica do uso das potencialidades do audiovisual em sala de aula representam uma metodologia aplicada à aprendizagem colaborativa e significativa. Especialmente quando se trata de turmas de crianças menores, como por exemplo na educação infantil em que a participação de todos é essencial durante o processo de seleção do tema, preparação dos materiais, criação da ideia base para o filme, escrita coletiva do roteiro/história, construção de cada etapa do processo, gravação de vídeo/cenas, gravações de áudios, escolha de imagens/cenas, montagem da primeira versão, assistir a versão preliminar, reeditar, filmar e gravar mais áudios, montar e remontar a sequência, adaptar o roteiro criado inicialmente (quando necessário), estabelecer critérios para participar de festivais e mostras de vídeos estudantis, envolver as famílias no processo criativo e no importante papel que desempenham de espectadores, envolver a comunidade escolar também como espectadores.
Esta ideia é reforçada pelas pesquisas de Pereira (2012, p. 30), que nos fazem refletir que:
"Trabalhar com a produção de vídeos nos apontou muitos caminhos para educar pessoas que saibam exercer sua cidadania, pois ao lidar com as possibilidades de sua imagem em relação com a imagem do outro, criar histórias em conjunto e respeitando o pensamento do outro, é um exercício de socialização, de respeito e, sobretudo de valorização de si e do outro porque juntos e somente juntos podemos criar coisas novas. Juntos podemos pensar alternativas para uma nova forma de viver e superar os problemas que as gerações passadas nos impuseram e juntos podemos criar novos horizontes".
Deste modo, entende-se que permitir essencialmente um olhar atento e uma escuta sensível são peças chaves para desencadear toda ação educativa que envolve a criação de materiais digitais na escola, especialmente os vídeos estudantis com a educação infantil.
REFERÊNCIAS
PEREIRA, J. e JANHKE, G. Produção de Vídeo nas Escolas Educar com Prazer - Estudo de Caso Escola
Independência. Pelotas: 2012.
Oi Ana! Será mesmo que a necessidade, ou a demanda da educação tecnológica nas escolas de educação básica seria a criação de materiais pedagógicos digitais? Isso favorece o processo de aprendizagem? Ou seria realmente o uso efetivo de tecnologias explorando todas as potências dos recursos? A possibilidade de protagonismo dos alunos perante a tecnologia é importante? Essas duas abordagens são excludentes? Bom, … De qualquer forma o trabalho que nos mostra aqui: “Stop Motion: No Trânsito somos todos pedestres. Maquete da Escola: Montagem dos alunos e da professora Carla Muriel do 5º ano de escolaridade - E. M. Trindade” é bárbaro! Muito bom de se ver que isso foi construído. Na torcida para que grande possibilidade de expressão e ação tenha sido proporcionada aos alunos. Segue escrevendo Ana que continuo por aqui te acompanhando. Abraço, Betynha (Tutora PEAD2UFRGS - SI VII)
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