No
contexto universitário estivemos envolvidos com os estudos de LIBRAS em toda
uma perspectiva de uso em sala de aula e, conforme nos inteiramos da legislação
vigente para alunos surdos e da luta de seus pares em buscar uma escola de
qualidade para que eles também possam se expressar e ser compreendidos por mais
pessoas, não só os mais chegados ao seu círculo familiar e rede de amigos.
Mas surgiu
uma dúvida durante este processo: e se mais ouvintes tivessem acesso ao ensino
regular de LIBRAS como uma segunda língua, para que possam se comunicar entre
si e também com pessoas não ouvintes?
Ao ler
as informações sobre “Ensino de LIBRAS para alunos ouvintes”, descobri que:
- ensinar um ouvinte
torna-se um projeto também desafiador, pois a maioria das vezes a pessoa
insiste em utilizar o recurso da voz para expressar o que quer dizer;
- muitos alunos não
ouvintes, fazem, no contexto da conversa, leitura labial, o que na maioria das
vezes auxilia no entendimento de ambos;
- no geral, as
pessoas não ouvintes pouco se interessam em aprender LIBRAS, há não ser que
precisem para se comunicar com alguém não ouvinte;
- muitos planos de
aula são baseados em atividades que envolvem o aprendizado do alfabeto através
de vídeos;
- existe oferta de
conversação entre pares, mas nem sempre é trabalhada, anteriormente, a postura
corporal ou o posicionamento de mãos (o que ajudaria muito na hora da
comunicação);
- pouco se encontra
de publicação e notícias sobre a realização de ações, em escolas com alunos
ouvintes, que desenvolvam o aprendizado de LIBRAS com o intuito de socializar e
realizar uma ponte entre a comunicação de alunos surdos com alunos ouvintes;
Outra curiosidade
refere a possibilidade de inserir o estudo de LIBRAS para crianças ouvintes
ainda em idade de educação infantil.
Sobre
esta temática também existem poucos materiais e estudos, mas os que encontrem
inspiram boas prática e demonstram que esta é uma ideia que já foi colocada em
prática e obteve sucesso.
Em
síntese, na educação infantil o estudo de LIBRAS acontece através do brincar,
com brincadeiras e jogos adaptados, onde todos participem e aprendam uns com os
outros.
Portanto é
possível sim, posto que já foi até colocado em prática em alguns espaços
educativos, oportunizar o ensino Bilíngue – Português e LIBRAS, nas escolas
favorecendo a comunicação entre comunidade ouvinte e comunidade surda para.
Desta forma
acontecerá, de fato, a integração social entre todos.
Fontes pesquisadas:
Projeto de trabalho
Professora Silvia Marques
Ensino de LIBRAS - análise
sobre Possibilidades e Desafios
Como ensinar libras na
Educação Infantil
Uma proposta Bilíngue na
educação infantil