terça-feira, 31 de maio de 2016

Ensino de LIBRAS para ouvintes – curiosidades e desafios

No contexto universitário estivemos envolvidos com os estudos de LIBRAS em toda uma perspectiva de uso em sala de aula e, conforme nos inteiramos da legislação vigente para alunos surdos e da luta de seus pares em buscar uma escola de qualidade para que eles também possam se expressar e ser compreendidos por mais pessoas, não só os mais chegados ao seu círculo familiar e rede de amigos.
Mas surgiu uma dúvida durante este processo: e se mais ouvintes tivessem acesso ao ensino regular de LIBRAS como uma segunda língua, para que possam se comunicar entre si e também com pessoas não ouvintes?
Ao ler as informações sobre “Ensino de LIBRAS para alunos ouvintes”, descobri que:
- ensinar um ouvinte torna-se um projeto também desafiador, pois a maioria das vezes a pessoa insiste em utilizar o recurso da voz para expressar o que quer dizer;
- muitos alunos não ouvintes, fazem, no contexto da conversa, leitura labial, o que na maioria das vezes auxilia no entendimento de ambos;
- no geral, as pessoas não ouvintes pouco se interessam em aprender LIBRAS, há não ser que precisem para se comunicar com alguém não ouvinte;
- muitos planos de aula são baseados em atividades que envolvem o aprendizado do alfabeto através de vídeos;
- existe oferta de conversação entre pares, mas nem sempre é trabalhada, anteriormente, a postura corporal ou o posicionamento de mãos (o que ajudaria muito na hora da comunicação);
- pouco se encontra de publicação e notícias sobre a realização de ações, em escolas com alunos ouvintes, que desenvolvam o aprendizado de LIBRAS com o intuito de socializar e realizar uma ponte entre a comunicação de alunos surdos com alunos ouvintes;
Outra curiosidade refere a possibilidade de inserir o estudo de LIBRAS para crianças ouvintes ainda em idade de educação infantil.
Sobre esta temática também existem poucos materiais e estudos, mas os que encontrem inspiram boas prática e demonstram que esta é uma ideia que já foi colocada em prática e obteve sucesso.
Em síntese, na educação infantil o estudo de LIBRAS acontece através do brincar, com brincadeiras e jogos adaptados, onde todos participem e aprendam uns com os outros.
Portanto é possível sim, posto que já foi até colocado em prática em alguns espaços educativos, oportunizar o ensino Bilíngue – Português e LIBRAS, nas escolas favorecendo a comunicação entre comunidade ouvinte e comunidade surda para.

Desta forma acontecerá, de fato, a integração social entre todos.
 
Fontes pesquisadas:
Projeto de trabalho Professora Silvia Marques
Ensino de LIBRAS - análise sobre Possibilidades e Desafios
Como ensinar libras na Educação Infantil
Uma proposta Bilíngue na educação infantil


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