terça-feira, 28 de junho de 2016

Estudando e Aprendendo sobre MOOCs

É uma das maiores tendências mundiais da educação de nível superior.
MOOC é a sigla em inglês para Massive Open Online Courses, ou seja, Cursos Online Abertos e Massivos.
São cursos online, gratuitos, que objetivam a participação em larga escala através da Internet. A ideia principal é procurar manter a mesma qualidade de um curso presencial de nível superior, mas usando a Internet para atingir um número tão grande de pessoas que o custo por aluno se torne bem baixo.
O primeiro diferencial dos MOOCs é que eles acontecem num período de tempo determinado. Eles são um “evento” e não um objeto.
O tipo de avaliação escolhida pelos MOOCs é o peer-assessment, ou “avaliação pelos pares”. Cada vez que um aluno entrega um trabalho, deve avaliar os trabalhos de alguns colegas (normalmente três ou cinco, o professor é quem decide), selecionados aleatoriamente pelo sistema e que lhe são apresentados anonimamente. Caso não faça isso, recebe uma penalização na sua nota.
Os MOOCs destacam os Fóruns para realizar a interação entre os alunos. Fóruns são uma ferramenta onipresente nesses cursos e sua taxa de utilização pelos alunos é muito alta. E eles ainda costumam ser expandidos por grupos auto-organizados no Facebook, Twitter, Google+, tele-encontros no Google Hangout ou até mesmo encontros presenciais. Assim, a troca de informações é constante e, inevitavelmente, você sairá de um MOOC com amigos das mais diversas partes do globo, com interesses semelhantes aos seus.
Três grandes provedores se destacam no universo dos MOOCs:
- Coursera – Lançado em abril de 2012, porDaphne Koller e Andrew Ng, professores de ciências da computação da Stanford University, o Coursera atingiu, em setembro de 2013, a marca de 4,7 milhões de alunos. O site oferece cursos nas áreas de engenharia, humanas, medicina, biologia, ciências sociais, matemática, administração, ciências da computação, entre outras. Os cursos são oferecidos por 83 universidades de ponta, como Stanford University, Princeton, the University of Michigan e University of Pennsylvania.
- Udacity – Fundado em  fevereiro de 2012, também em Stanford, por Sebastian Thrun, David Stavens, and Mike Sokolsky, o Udacity tem um notável foco em cursos relacionados às ciências da computação, apesar de também oferecer cursos de matemática, administração e design. O site reúne mais de 400 mil alunos que têm acesso a cursos da University of Virginia, San Jose State University, Georgia Institute of Technology e outras. Recentemente, o Udacity, em parceria com o Georgia Institute of Technology e a AT&T, anunciou o primeiro Mestrado oficialmente reconhecido a ser oferecido exclusivamente através de uma plataforma de MOOCs.
- edX – O edX foi fundado em maio de 2012 pelo Massachusetts Institute of Technology e pela Harvard University. Atualmente, a plataforma tem cerca de 1,2 milhão de usuários que fazem cursos de 39 universidades parceiras de todo o mundo, entre elas a Boston University, a Technical University Munich, a University of Hong Kong e a École Polytechnique Fédérale de Lausanne. No último dia 10 de setembro, o Google anunciou uma parceria com o edX para o desenvolvimento de uma plataforma que possibilitará que qualquer pessoa ofereça cursos online nos moldes dos MOOCs.
Outros provedores de MOOCs:
- Canvas Network
- Udemy
- Miríada X
- Open2Study
- Veduca (Brasil)
 Um dos principais requisitos para fazer um MOOC ainda é o domínio do inglês. Há alguns cursos legendados ou dublados em português, mas, na maioria das vezes, você precisará entregar trabalhos escritos em inglês. Apesar de haver sempre um clima de camaradagem entre os colegas, e eles costumarem relevar pequenos erros cometidos por alunos que não são falantes nativos de inglês, é preciso, ao menos, conseguir comunicar as suas ideias nesse idioma.
Se o seu objetivo é adquirir conhecimento e interagir com pessoas de todo o mundo e é autônomo, disciplinado, focado e social, vá em frente! Com certeza há um MOOC sobre um assunto do seu interesse esperando por você.
5 MOOCs
Criados em 2008, os massive open online courses (MOOCs) tornaram-se populares nos últimos três anos. Em todo o mundo, universidades de ponta, como Harvard e Oxford, têm oferecido cursos online como meio de democratizar o ensino e/ou ampliar as opções para estudantes já envolvidos com determinados assuntos.
No Brasil não é diferente. Confira lista de cursos oferecidos por algumas das mais prestigiosas universidades brasileiras:
Fundamentos de Administração (FEA/USP) – Disponível na Veduca, maior plataforma online de educação do Brasil, o curso gratuito é destinado a quem deseja aprender a administrar. As aulas são ministradas pelo professor da FEA Hélio Janny Teixeira, responsável pela criação do curso. Os alunos que cumprirem um mínimo de 75% da carga horária de 60 horas poderão fazer uma prova online para obter certificado.
Introdução a Engenharia de Produção (PUC/RS) –  São seis módulos divididos em seis semanas para que o aluno se familiarize com conteúdos como Logística e Engenharia da Qualidade sob a ótica da Engenharia de Produção. As aulas estão disponíveis na plataforma de origem espanhola Miríada X, que vem expandido o número de MOOCs em português. O conteúdo estará sempre à disposição dos estudantes, mas algumas atividades devem ser entregues nos prazos determinados.
Responsabilidade Social e Sustentabilidade das Organizações (PUC/RS) – Outro curso da PUC do Rio Grande do Sul disponível na Miríada X. Para obter o certificado de participação nos MOOCs oferecidos pela plataforma espanhola deve-se cumprir pelo menos 75% das atividades obrigatórias dentro dos prazos estabelecidos. A conclusão de 100% das atividades garante o certificado de superação.
Física Básica (IFSC/USP) – Outra opção da Veduca, o curso tem carga horária de 59 horas divididas em 26 aulas. É possível optar por apenas assistir às aulas ou cadastrar-se para, ao final do curso, fazer a prova online que pode garantir um certificado. As aulas foram gravadas pelo professor Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto de Física da USP em São Carlos.
Bioenergética (UNB) – Mais um curso que permite ao interessado optar por apenas assistir às aulas ou obter o certificado. Quem escolher a certificação deverá responder corretamente a 75% das perguntas de uma prova online elaborada pelo professor Fernando Fortes de Valencia, da Universidade de Brasília.
Os cursos acima são apenas uma amostra de MOOCs em português. Uma visita às plataformas ajuda a quem está interessado em outros tópicos/temas. Além da Veduca e da Miríada X, a Coursera disponibiliza cursos de universidades estrangeiras legendados em nossa língua.
Reportagem de Renato Carvalho. Fonte pesquisada em 27/06/2016.
Para complementar a postagem sobre MOOCs cito a fonte inspiradora da minha pesquisa desta semana: nossa professora Cíntia.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

“Inteligência Emocional” – Uma Teoria Educativa

Neste semestre, em Seminário Integrador – Eixo 3 participamos das atividades sobre Projetos de Aprendizagens que foram iniciados, neste semestre, a partir de perguntas inteligentes e curiosidades que surgiram nas interações com as colegas do PEAD.
E é importante dizer que o estudo de hoje foi inspirado nessa atividade tão enriquecedora e formativa, que nos auxiliou na troca de saberes entre colegas e na formulação de pesquisas de diferentes formatos para descobrir respostas para a construção das nossas certezas e dúvidas, ainda que provisórias.
E o questionamento inquietante se dividiu em dois:
- O que é inteligência emocional, de fato?
- Como desenvolver a inteligência emocional na educação infantil?
Ainda que poucos sejam os sites que remetam a este assunto, encontrei algumas respostas e, aos poucos, fui organizando este conhecimento e construindo alguns conceitos do que compreendi.

Algumas curiosidades encontradas na internet:
Daniel Goleman em 2001 escreveu a obra “Inteligência Emocional”.
Visa desenvolver habilidades de: valorização de sentimentos, aprender a conviver e identificar os mesmos, fortalecer a auto – estima, ser responsável pelas próprias necessidades emocionais e respeito mútuo pelos sentimentos dos outros.
Pode complementar o processo de ensino-aprendizagem infantil.
Sugestões de outros autores que estudam esta teoria: Celso Antunes (2005), Michael Brearley (2004), Travis Bradberry; Jean Greaves (2007) e Cleomar Azevedo (2003), Wallon (apud, Dantas, 1992, p. 89), MAYER & SALOVEY( 1997, p. 15), Caruso (2000), CURY, 2002, p. 83).
Esta teoria sugere que o desenvolvimento de uma alfabetização das emoções na formação de cidadãos deve começar desde quando estes são ainda crianças.
Alfabetização emocional pode não ser a solução para as problemáticas do ensino, mas se transmitida, poderá revelar diferenças em seus resultados, cotidianamente, na formação de seres “mais humanos”.
Pode acontecer através da exploração de temáticas como: Valores, Coletividade, Solidariedade no desenvolvimento infantil, entre outras que se relacionem com as emoções e o convívio em sociedade.

Ao refletir sobre o desenvolvimento da inteligência emocional na educação infantil percebo que é um estudo voltado para o que já fazemos na prática.
Esta postagem serve, inicialmente, apenas como fonte de informação para posterior pesquisa, pois esse estudo merece ser aprofundado.

Fonte pesquisada
Inteligência emocional: Contribuições de Daniel Goleman para a educação infantil http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/resumos/resumos/4314.htm
O papel do educador no desenvolvimento da inteligência emocional das crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/o-papel-do-educador-no-desenvolvimento-da-inteligencia-emocional-das-criancas-das-series-iniciais-do-ensino-fundamental/30879/#ixzz4FwW7yaQ0



sexta-feira, 3 de junho de 2016

Entendo Melhor os Mapas Conceituais

Na interdisciplina Seminário Integrador – Eixo 3 fomos apresentadas aos Mapas Conceituais e os professores/tutores nos ensinaram a utilizar o serviço disponibilizado pelo Cmap – site que disponibiliza uma plataforma com programação acessível e de fácil manuseio para confecção de mapas conceituais, salvando-os inclusive no formato imagem e/ou PDF.
Em primeiro lugar preciso dizer que fiquei fascinada pela facilidade com que podemos utilizar o serviço e criar mapas conceituais para organizar ideias e resumir conceitos e estudos realizados.
Conceituar é importante. Portanto de acordo com Moreira “mapas conceituais, ou mapas de conceitos, são apenas diagramas indicando relações entre conceitos, ou entre palavras que usamos para representar conceitos. (2012, pp 1).
Ao pesquisar sobre mapas conceituais e sua funcionalidade no meio acadêmico encontrei algumas fontes e  teorias, dentre as quais cito algumas vantagens para uso deste recurso:
- serve de instrumento para verificar e sinalizar conhecimentos adquiridos a partir de um ou mais conceitos elencados;
- permite unir dois conceitos através de uma linha para que possa ser compreendida a existência de uma ligação entre estes conceitos;
- pode ser utilizado em diferentes situações escolares, como por exemplo: “instrumento de análise do currículo, técnica didática, recurso de aprendizagem e meio de avaliação”, (Moreira e Buchweitz, 1993).
Deste modo é relevante salientar que este instrumento serve de apoio à apresentação de aprendizagens que tenham sido significativas para o aluno e que, ao sintetizar e ligar teorias e conceitos compreendidos, ele a utilize para uma exposição posterior. 
Fontes pesquisadas:

Mapas conceituais e aprendizagem significativa

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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Em defesa da Inclusão do Ensino Bilíngue na Escola Regular

Primeiramente penso que é muito importante realizar uma chamada à reflexão sobre como está acontecendo a Inclusão no Espaço Escolar.
Por inúmeros exemplos que foram observados ao longo dos 17 anos em que atuo na educação básica, posso dizer que muitos foram sim os avanços na disponibilidade do serviço educacional para crianças com necessidades especiais, mas não há como negar o contraponto: a passos lentos seguem os avanços e progressos na educação básica e no processo de inclusão escolar.
E, desta maneira, também está vivenciando esta realidade os alunos surdos.
Ao estudar a legislação sobre pessoas não ouvintes, percebi as inúmeras lutas e conquistas que já obtiveram nesta caminhada, no entanto muitos são os desafios vivenciados, ainda, por alunos não ouvintes que precisam se inserir no ensino regular. Por isto, há uma crescente e forte luta da comunidade surda por receber mais escolas para surdos ou pelo menos para que tenham a oportunidade de receber o ensino bilíngue na escola regular.
O texto "Em defesa da Escola Bilíngue para Surdos" sugerido na Interdisciplina LIBRAS informa sobre esta demanda em suas origens e situações relevantes.
Penso que a Escola Bilíngue é mais que uma solução, é um aporte para o sucesso e a qualificação profissional e pessoal dos Membros da Comunidade Surda, bem como, a possibilidade de se comunicarem com um Mundo de Oportunidades que ainda se fecha a eles devido a pouca repercussão da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.
Idealizo que o Ensino Regular nas Escolas Públicas ofereça como disciplina o Estudo da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, pois acredito que isto irá oportunizar não só a possibilidade de ampliarmos o mais rápido possível o número de escolas, de fato inclusivas, mas principalmente ampliará a possibilidade de comunicação entre pessoas ouvintes e pessoas surdas. Sem contar que qualificará o mais cedo possível, profissionalmente, mais pessoas interessadas em se tornar um Intérprete de LIBRAS.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Vivenciar a Literatura e suas Possibilidades é um Exercício de Cidadania

De acordo com o que relata Silveira na obra Nas tramas da Literatura Infantil: Olhares sobre Personagens “Diferentes” é importante que façamos uma reflexão sobre o que queremos quando pensamos em educação, na hora em que escolhemos uma obra literária para trabalhar em sala de aula, pois “a literatura escolhida para sala de aula, influencia na formação da identidade infantil”.
É forte a influência da literatura no contexto educacional e na formação da identidade das crianças e é também um desafio para nós, enquanto educadores e formadores de opinião.
Muitas vezes a história escolhida parte do pressuposto de que servirá como inspiração para que o educador possa abordar uma temática emergente, como por exemplo: alimentação, discriminação, mentira, adaptação escolar, palavras mágicas (desculpa, por favor, muito obrigada e com licença), entre outras possibilidades.
Penso que um dos desafios maiores em literatura é deixar de lado a parte moral para curtir a história, aproveitar as doces travessuras da leitura, brincar livremente com as rimas e palavras novas ao vocabulário infanto-juvenil e aproveitar ao máximo o prazer de ler e contar histórias.
Exercitar o ato de “ler por ler”, ler para apreciar, brincar com as ideias, tudo isso faz parte do mundo mágico da literatura e é imprescindível que nós possamos reviver este clima em sala de aula, deixando prazeroso e animador este contato da criança com a literatura.
E é esta a nossa intenção na turma Berçário II, em que atuo neste ano, onde estamos desenvolvendo o Projeto “Viajando Pelo Mundo dos Livros” e através desta temática os alunos estão desenvolvendo diferentes atividades, algumas destacadas no vídeo criado para expor nossas histórias e descobertas neste primeiro semestre de 2016.
Promover uma relação autêntica entre teoria e prática, sempre tão necessárias no processo de construção do conhecimento tanto para educandos e seus familiares como para os educadores em formação continuada, como é o nosso caso estando inseridos no PEAD, está sendo um dos principais focos desta jornada.