Ao debatermos o assunto "Direitos Humanos" no Ensino Fundamental e na Educação Infantil estaremos oportunizando aos nossos jovens a possibilidade de cultivar e compreender os direitos humanos.
São direitos fundamentais: a dignidade humana e o respeito.
Para compreendermos melhor a linha histórica que permeia este tema é importante realizarmos a leitura da "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" (1789).
Acessando o link: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html
Conforme aborda em sua palestra sobre o tema o Deputado Jeferson Fernandes, cinco são os desafios primordiais enfrentados neste percurso:
"1- Saber identificar o problema em se tratando de Direitos Humanos;2- Buscar o máximo de unidade na interpretação histórica e contemporânea;
3- Paciência histórica para desconstruir os preconceitos;
4- Criar um movimento muito intenso em busca de alternativas;
5- Fazer Valer o AMOR".
Entendendo-se que "Todos e todas devem ser respeitados na sua dignidade, analisa-se que o direito humano nasce da dor da condição humana, é uma luta diária pela passagem da dor para a não dor. Como é o exemplo mundial da epidemia de fome. É emergente pensarmos uma outra educação, pois a negação do outro é a maneira como o poder é exercido. Entenda-se também que o direito humano cria raíz quando ele se faz a favor da vida". (Dep. Jeferson Fernandes, 2017).
A questão reflexiva neste caso é: como educar em direitos humanos numa cultura autoritária?
Na Pedagogia do "senta direito"... da Pedagogia que "fala uma coisa" e "faz outra"... da Pedagogia "que conta não verdades e que desconhece por completo que cada brasileirinho(a) é cidadão e é ele que decide o futuro do seu país". Neste quadro tão antigo, mas que ainda está sendo pintado nas salas de aula da atualidade a condição essencial para se desenvolver o debate sobre o tema direito humano é envolver os professores na perspectiva da escuta sensível, desenvolver a capacidade dos profissionais da educação de ouvir seus alunos é tão emergente quanto tão somente compreender os direitos humanos.
Complementando o debate sobre o assunto o Prof. Dr. Solon Eduardo Annes Viola (PPG Ciências Sociais - Unisinos) nos faz refletir que:
"Direito humano se aprende na dor. Educar em Direito Humano é uma escolha. Compreendam que é como viver a escola de cabeça para baixo. Definir a direção. Definir o currículo. É o professor e o aluno escolherem o tema gerador da escola. É preciso que o professor estude Direito Humano. É preciso ouvir. É saber quem é meu aluno e que fome ele passa... A dignidade humana pressupõe igualdade... de acesso, de escolha e na relação com o conhecimento. É estar disposto(a). É concordar. A formação em direito humano não pode ser ocasional. É preciso ouvir o meu aluno e compreendê- lo. Como eu posso transformar a minha escola e a minha sala num local do BEM VIVER? Como eu posso transformar meu aluno NUM SER DE ESPERANÇA? Como eu posso transformar minha aluna NUMA MULHER QUE SE RESPEITA? É preciso muito conteúdo sim... problematizar o ambiente. Para os Humanos não basta só cuidar das outras vidas, é preciso o BEM VIVER das Dignidades Humanas. Direito Humano é o coração da escola. É preciso educar para o NUNCA MAIS! ... Nunca mais sentir fome... A educação em direitos humanos deve partir da justiça sócio-ambiental. É preciso lutar, mesmo que sem entusiasmo. Educar para transformar o Mundo: este é o caminho! É colocar o Mundo a serviço da Humanidade"! (VIOLA, 2017).Referencial teórico pesquisado: resumo e transcrição da Palestra sobre Direito Humano pela Proposta de Formação Continuada Interfaces em parceria com a SMED de São Leopoldo e a Unisinos ministrada em 26/06/2017.
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