quarta-feira, 22 de maio de 2019

2017_1 e 2018_2: Educação em Direitos Humanos em foco

Como que em 2017_1 eu estivesse realmente sendo preparada para em 2018_2 abordar em sala de aula, no contexto da educação infantil, o tema Educação em Direitos Humanos: um marco, uma aprendizagem significativa e que foi construída colaborativamente entre todos os segmentos da comunidade escolar da EMEI Jardim Verde.

Em 2017_1, através de Formação Continuada ofertada pela SMED em parceria com a UNISINOS, participei de um curso em que a temática central foi Direitos Humanos e Educação. Partindo desta participação, me inspirei para escrever a postagem intitulada Direitos Humanos - um debate emergente. Disponível no link: <https://ananecchiportfoliopead.blogspot.com/2017/07/direitos-humanos-um-debate-emergente.html>. Acessado em 19/05/2019.

No Eixo V, em 2017_1, quando a postagem referida nesta escrita foi publicada, o PEAD ofertava o estudo das interdisciplinas:  Organização do Ensino Fundamental, Organização e Gestão da Educação, Projeto Pedagógico em Ação, Psicologia da Vida Adulta e Seminário Integrador V (Neste semestre fui aluna de quarta, na turma da professora Rosane Aragón).

Mais uma vez pensando nas demandas que envolve o fazer pedagógico na primeira etapa da educação básica - a educação infantil, é perceptível cada dia mais a problemática de falta de saúde dos trabalhadores em educação. É uma reflexão bem profunda e uma temática, com certeza, de estudo para muitas outras postagens. Mas neste momento, irá nos inspirar, inicialmente muito superficialmente a refletir sobre o quanto há de emergente nas questões de Direitos Humanos na escola e em seu contexto mais amplo de atuação que seria a Educação em Direitos Humanos.


Por este motivo cito novamente a reflexão de Viola (2017, em palestra), que contempla, em poucas palavras o valor de toda existência humana, o verdadeiro sentido para a vida:

Direito humano se aprende na dor.
Educar em Direito Humano é uma escolha.
Compreendam que é como viver a escola de cabeça para baixo. 
Definir a direção.                                                                       
Definir o currículo. 
É o professor e o aluno escolherem o tema gerador da escola. 
É  preciso que o professor estude Direito Humano. 
É preciso ouvir. 
É saber quem é meu aluno e que fome ele passa... 
A dignidade humana pressupõe igualdade... de acesso, de escolha e na relação com o conhecimento. 
É estar disposto(a). 
É concordar. 
A formação em direito humano não pode ser ocasional. 
É preciso ouvir o meu aluno e compreendê-lo. 

Como eu posso transformar a minha escola e a minha sala num local do BEM VIVER? 
Como eu posso transformar meu aluno NUM SER DE ESPERANÇA? 
Como eu posso transformar minha aluna NUMA MULHER QUE SE RESPEITA? 

É preciso muito conteúdo sim... problematizar o ambiente. 
Para os Humanos não basta só cuidar das outras vidas, é preciso o BEM VIVER das Dignidades Humanas. 
Direito Humano é o coração da escola. 
É preciso educar para o NUNCA MAIS! 
... Nunca mais sentir fome... 

A educação em direitos humanos deve partir da justiça sócio-ambiental. 
É preciso lutar, mesmo que sem entusiasmo. 
Educar para transformar o Mundo: este é o caminho! 
É colocar o Mundo a serviço da Humanidade (VIOLA, 2017).

Sensibilizada, promovo nesta postagem a oportunidade para que se possa conhecer um pouco mais sobre a história do Projeto Exposição dos Fotógrafos Aprendizes, contempla-se uma citação realizada no contexto de autoria colaborativa pelo grupo que compõe a criação do livro publicado, RIBEIRO (org., 2018, p. 13) nos conta que:
Inspirados pelo Concurso de Fotografia sobre Direitos Humanos na Educação, promovido pelo Conselho Municipal de Educação de Educação a todos alunos da Rede de Ensino de São Leopoldo/RS, inscrevemo-nos e tivemos 6 crianças, da nossa turma, contempladas com a escolha de suas fotografias para compor as páginas da Revista Online ‘Educação & TransFormação’ – Ano 2 [...] Entretanto, todas as crianças da turma se envolveram em cada detalhe do Projeto [...] O Concurso pedia um nome para cada foto e as sugestões partiram das crianças, para que assim, elas pudessem sentir o Sabor da Experiência de ajudar na tomada de decisão, de forma coletiva (BONDÍA, 2002). A comunidade escolar também se envolveu com nosso Projeto. Curiosos e Apaixonados, os diferentes segmentos (pais, professores, funcionários e crianças) contribuíram votando nas fotos e dando abertura para que os Fotógrafos Aprendizes pudessem contar a história da foto escolhida e compartilhar suas impressões sobre a experiência de serem Protagonistas no Uso da Tecnologia na Educação Infantil. [...] Que cada criança da nossa turma construa novas memórias positivas e lembre-se sempre que: #CuidarDoOutroFazBemParaMimTambém. (Grifo meu)

Para tanto, encerro a postagem - por enquanto - retomando os questionamentos do mestre Viola (2017), não como tentativa de dar respostas, mas na certeza de que ainda mais perguntas vamos realizar, numa inquietação constante, na tentativa de ir além das buscas pelo aprendizado, de entregar-se a dias infinitos de estudos e leituras, e poder viver cada experiência de vida presente na escola como única e sem retorno ao dia que finda.

Como eu posso transformar a minha escola e a minha sala num local do BEM VIVER? 
Como eu posso transformar meu aluno NUM SER DE ESPERANÇA? 
Como eu posso transformar minha aluna NUMA MULHER QUE SE RESPEITA? 


Referência
RIBEIRO, A. P. N. (Org.). Exposição dos Fotógrafos Aprendizes. 1ª ed. Porto Alegre: Cirkula, 2018. ISBN – 978-85-71500-05-1.

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