quarta-feira, 12 de junho de 2019

Diálogos e Pesquisas sobre Afetividade - importante subsídios para o TCC desenvolvido na EI


Ao reler algumas postagens realizadas no Blog em 2018_1, percebi, mais uma vez, que eu poderia ter citado no TCC e, por descuido, ou mesmo falta de experiência, procurei fortalecer minhas pesquisas sobre a relevância da afetividade na educação infantil em outros autores e pesquisa sendo que uma visita ao Blog também teria contribuído de forma significativa.

As referida postagens são: 
- Afetividade e sua relação com o Ensino - Aprendizagem na Educação Infantil. Disponível no link: <https://ananecchiportfoliopead.blogspot.com/2018/05/afetividade-e-sua-relacao-com-o-ensino.html>. Acessada em 06/06/2019.
- Diálogos cabíveis entre Piaget, Vigostky e Freire. Disponível no link: <https://ananecchiportfoliopead.blogspot.com/2018/05/dialogos-cabiveis-entre-piaget-vigostky.html>. Acessada em 06/06/2019.

As duas postagens referem-e ao ano de 2018_1 em que cursei o Eixo VII - PRÁTICA PEDAGÓGICA, CURRÍCULO E AMBIENTES DE APRENDIZAGEM VII - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO, em que foram cursadas as seguintes interdisciplinas: Didática, Planejamento e Avaliação; Educação de Jovens e Adultos no Brasil; Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação; Linguagem e Educação; Seminário Integrador VII; em monitoria na disciplina Educação a Distância e Ambientes de Aprendizagem, ministrada pela Profa. Dra. Cíntia Inês Boll.

A partir das leituras sugeridas em 2018_1 percebe-se que tanto Piaget, quanto Vygotsky e Freire (preocupados com o processo de ensino e aprendizagem), deixaram inúmeras contribuições que nos auxiliam, atualmente, a compreender a educação e o mundo, de forma que também podemos continuar utilizando seus estudos e suas ferramentas didáticas e metodológicas para avançar nos estudos sobre o desenvolvimento cognitivo e a aquisição da linguagem humana.

Na construção do texto, em 2018_1 fui tecendo uma teia entre as perspectivas: de Piaget sobre o desenvolvimento cognitivo; de Vygotsky e a aquisição da linguagem e de Freire e suas contribuições para a educação, destacando o último que nos traz à reflexão que "defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a 'ler o mundo' para poder transformá-lo"(Freire, 1996).

Numa abordagem mais filosófica e, porque não dizer, romântica, trouxe à reflexão a nossa postura como educador frente as adversidades enfrentadas no processo de ensino e aprendizagem e nas relações sociais que se estabelecem entre indivíduos adultos e crianças pertencentes e atuantes, como tal, na comunidade escolar.

Cito um trecho escrito por mim na postagem intitulada Afetividade e relação com o Ensino - Aprendizagem na educação infantil. Ribeiro (2018, Blog de Aprendizagem) nos traz a 


"pensar a escola e sua comunidade escolar envolvida por sentimentos de afetividade, prazer e alegria é propício para que as ações pedagógicas possam promover sentimentos no grupo de professores, no grupo de crianças e no grupo de familiares. Entende-se, portanto, que a escola é um todo, não existe um setor sem o outro: prefeitura, limpeza, merenda, secretaria, equipe diretiva e pedagógica e familiares. E é tudo em prol da CRIANÇA, ela é a principal peça de lego que se encaixa nesta alegre brincadeira.

Conclui-se esta postagem destacando as contribuições do PPP da EMEI Jardim Verde (2018) sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, bem como , as ideias de Wadsworth sobre a afetividade e o cognitivo. No PPP da EMEI aponta que as concepções de infância se baseiam no afeto. Entende-se afetividade como uma forma peculiar de interação e comunicação no contexto infantil, destacando este como sendo o principal eixo do trabalho pedagógico docente nesta instituição. Ao referenciar a postura profissional, registra que “[...] faz-se necessário que cada educador compreenda que deve articular o cuidar e o educar na construção dos vínculos afetivos [...] é um mediador entre as crianças e o mundo, e é por meio das mediações, que o educando tem acesso as diferentes linguagens [...]” (PPP, 2018, p. 9). E, para os estudos de Wadsworth (1996, p. 37) “O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento. Ele determina sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. O sistema afetivo é, assim dizendo, o guarda-portão”. Wadsworth (1996) nos apresenta os estudos de Piaget sobre o aspecto afetivo, e revela que em si, este aspecto não pode modificar as estruturas cognitivas, embora, possa ele influenciar quais estruturas modificar (Grifo do autor). Conforme Piaget (1981b, p. 6) apud Wadsworth (1996, p. 37):
[...] embora a questão afetiva cause o comportamento, embora ela acompanhe constantemente o funcionamento da inteligência e embora ela acelere ou freie o ritmo do desenvolvimento, ela, em si, no entanto, não pode gerar estruturas de comportamento e não pode modificar as estruturas em cujo funcionamento ela intervém.


Para tanto é pertinente e relevante destacar que as abordagens teóricas estudadas nas interdisciplinas em 2018_1, estão sendo, em 2019_1, revisitadas e reanalisadas, de modo que, estão contempladas na fundamentação teórica do meu TCC. 



REFERÊNCIAS

BRASIL/MEC. LEI nº. 9.394/96 – Das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Dezembro 1996 (Artigos. 22 e 29).
CURY, Augusto Jorge. A turma da floresta viva: Ansiedade para filhos e alunos. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.
CURY, Augusto Jorge. Pais Brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Esextante, 2003.
WALLOW, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições, 1995.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários á prática educativa: São Paulo, Ed. Paz e Terra: 1996.
PPP. Projeto político Pedagógico. EMEI Jardim Verde. São Leopoldo/RS: 2018.
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.
SILVA, Samanta Demétrio da. Aquisição da Linguagem. Webartigos, Porto Alegre, p.01-12, 2010. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208>. Acesso em: 22 jul. 2010.
WADSWORT, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget. 2ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1996.


SUGESTÕES DE VÍDEO

- Desenvolvimento Afetivo (UNIVESP, 2010) https://youtu.be/IUSVeVnmt1U

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