quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Teoria e Prática Trilhando os Saberes Compartilhados na Educação Infantil

No segundo semestre, para a turma do infantil II, foi repleto de momentos especiais que ficarão registrados em nossa memória e corações, pois foram muitas descobertas que nos trouxeram alegrias e aprendizagens.

Nossos pequenos, tornaram-se protagonistas da produção audiovisual Caixa de Brinquedos: um Universo Infantil, fazendo cinema em caráter estudantil com o propósito de vivenciar o uso das tecnologias móveis e mídias, aproveitando para exercitar o bom uso destes recursos, de maneira saudável e sócio afetiva, assim promovendo ações pedagógicas voltadas também para a promoção do lúdico e da garantia do direito que nossas crianças têm: uma infância feliz.

O processo de elaboração, criação e preparação para o desenvolvimento da criação audiovisual e para o envolvimento com a prática musical no Infantil II iniciou-se ainda em fevereiro/março (na adaptação) e prolonga-se até dezembro (nas últimas festividades que envolvem a entrega dos livros impressos e as apresentações de Natal).

Desde a criação da história coletiva, o encantamento das crianças ao produzir histórias, registrá-las graficamente, gravar suas vozes como narradores e participar das sessões de fotos e filmagens para a produção do filme estudantil.  As crianças demonstraram alegria e motivação em colaborar com o grupo nestes momentos em que as crianças escutaram mais umas às outras (tanto oportunizando momentos para que o colega expressasse sua opinião, quanto se ouvindo nas gravações de áudios feitas durante a produção da história coletiva).
João, Victor e o Cachorro Totó


Muitos foram os espaços de tempo em que as crianças precisaram realizar votações para escolher como seria, por exemplo: o final da história, os desenhos que seriam usados no filme para ajudar a contar a história, o nome da história, o desenho para a camiseta comemorativa. 

Outros momentos da produção audiovisual no infantil II foram: os ensaios da encenação, a colaboração das famílias com materiais e roupas, a criação do roteiro de filmagem, a gravação das tomadas de cena e sessões de fotos para montagem do filme, a gravação da música e, inclusive, a edição das imagens, sons e vídeos com colaboração das crianças. 

Em diferentes etapas, as famílias estiveram nos apoiando e auxiliando ao enviar as propostas pedagógicas realizadas em casa, momentos de troca entre família e escola que muito incentivam as crianças e as motivaram a aprender e ensinar.

Depois da nossa produção cinematográfica ficar pronta, foi então hora de nossos artistas se verem na telona do anfiteatro Padre Werner situado na Universidade do Vale dos Sinos, UNISINOS assistindo a sua produção audiovisual Caixa de Brinquedos: um Universo Infantil. As crianças estavam ansiosas para este momento que foi significativo para elas, pois puderam assistir ao filme da turma, do qual participaram de todos os processos criativos: desde a criação da história até a edição final. As crianças participaram na produção audiovisual, demonstrando alegria e interesse na criação do roteiro e na participação das fotos e filmagens no qual representaram papéis diferentes, tais como: de uma criança, um professor, uma professora, o menino João, o menino Victor, o cachorro Totó, o piloto de avião que trazia ossos deliciosos, a copiloto, o pai e a mãe do menino Victor.

Citamos as palavras de Lima (2008, p.50) para reforçar a importância da produção audiovisual na educação infantil:

[...] A linguagem cinematográfica pode ser suporte de obras que colocam crianças num local de destaque, de protagonismo por mérito delas. Pode mostrar crianças fazendo arte e questionando o mundo de forma independente do universo dos adultos.

Através do Filme Caixa de Brinquedos: Um Universo Infantil foi elaborado um livro virtual (o qual foi impresso com o apoio financeiro dos pais da turma) com os registros dos desenhos gráficos dos alunos a partir da história filmada. Além dos desenhos publicados, foi feito também, em parceria com as famílias, a camiseta do filme. O desenho estampado na camiseta foi escolhido de forma democrática com as crianças, onde elas mesmas puderam criar seu desenho com as famílias e decidir na escola através de um processo de votação individual, em que a foi escolhido o desenho do aluno Lucas Domingues Ramos para ser estampado na camiseta comemorativa à produção do cinema estudantil na turma Infantil II 2017. E este foi mais um rico espaço para que as crianças pudessem aprender, também, noções de cidadania.

Os registros gráficos produzidos pela aluna Sophia Cristina Cassini também receberam seus destaques especiais. O desenho da aluna foi criado, inicialmente para representar a cena 16 da história coletiva elaborada pela turma, “João, Victor e o cachorro Totó”, porém destacou-se na representatividade e serviu de inspiração para a criação da identidade visual do trabalho de conclusão de semestre (Produção de um aplicativo para Smartphone sobre Festivais de Vídeos Estudantis no Brasil) do curso de Pedagogia da UFRGS pela disciplina Mídia, Tecnologias Digitais e Educação, orientada pela Profª Drª Cíntia Inês Boll.



 A parceria entre educação audiovisual e educação musical também se fez presente neste segundo semestre, com ensaios para apresentações culturais, composição e gravação da canção do filme Caixa de Brinquedos, além de momentos de aprendizagem e interações afetivas através de rodas cantadas e brincadeiras.

Ainda neste segundo semestre, realizamos diferentes momentos culturais e passeios:
- Assistimos, no teatro, à peça teatral Viajante no Mundo do Suco de uva;
- Parque Municipal Henrique Luis Roessler, conhecido como Parcão, na cidade de Novo Hamburgo, em companhia das outras duas turmas de infantis, onde os alunos visitaram o museu com fotos e animais conservados, alimentaram as tartarugas de um pequeno lago e fizeram uma trilha ecológica que sem dúvida foi uma experiência significativa e muito importante para o desenvolvimento da consciência ambiental;
- Anfiteatro Padre Werner na Unisinos, tendo como convidados os atores principais do Filme Estudantil Caixa de Brinquedos: um Universo Infantil, para participar da Noite de Premiação do Festival de Vídeos Estudantis São Leo em Cine;

Em todos os passeios realizamos piqueniques onde as crianças puderam compartilhar os lanches, aprendendo noções de amizade e coleguismo.

Na escola, dentre tantas outras propostas que envolvem o trabalho em equipe e o compartilhar, vivenciamos também a festa a fantasia do dia da criança, o balão surpresa e a entrega dos presentes “pés de lata” as crianças e professoras confeccionaram. As crianças puderam vivenciar esses momentos especiais com seus colegas, demonstrando sua satisfação em estar junto com o grupo e em dividir suas conquistas e alegrias.

           O ano de 2017 foi para nós professores e crianças foi repleto de momentos alegres e de novas aprendizagens. 

Com certeza o apoio das famílias ao nosso trabalho pedagógico foi muito rico e gratificante. 
Deste modo, é fundamental deixar aqui registrado um MUITO OBRIGADA para todas as famílias, inclusive a minha própria (Gabriel Lapa, Maria Luísa, Zilma Lizete e José Ricardo) em especial pela parceria, pelo respeito, compreensão e carinho que recebemos durante este ano letivo. 

           Agradeço muito especialmente à colega Márcia Cristina Jung, pois atuamos juntas como coautoras deste texto, do artigo publicado na revista do CME/SL e também apresentado no II Congresso Brasileiro de Produção de Vídeo Estudantil - CBPVE/Unisinos/São Leopoldo/2017 (Ação Pedagógica e a Educação Audiovisual na Educação Básica) e de todo este processo pedagógico que envolveu o nosso ano letivo.


       E um muito obrigada às nossas fortalezas do dia a dia, às nossas incansáveis estagiárias que nos acompanharam e auxiliaram tanto neste ano, como coautoras e como amigas: Natália Herpich, Sialy Semedo e Dauana Souza.

Juntos somos mais fortes!
Teoria e Prática Trilhando os Saberes Compartilhados na Educação Infantil
  

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

TEMPO... ADMINISTRAÇÃO E APROVEITAMENTO...

Novamente venho falar de TEMPO...
Habitualmente (mais precisamente por 2 meses consecutivos), diariamente na hora do meu planejamento, na sala dos professores, uma colega dizia:
- Porque você não fecha estas janelas e liga o ar? Que calor!
Eu, como sempre estava envolvida nas minhas múltiplas tarefas, então eu respondia às vezes apenas sorrindo, outras falando que depois da cirurgia bariátrica fiquei friorenta e que não tinha tempo (essa era a desculpa mais utilizada, com certeza).
Faz poucos dias, ela entrou na sala dos professores, seguiu todos os padrões de diálogos habituais e depois da minha resposta (esta eu lembro bem: - hoje não tive nem tempo de pensar, estou no piloto automático para vencer minhas tarefas), ela disse:
- Nossa! Nunca tinha visto uma pessoa que nunca tem tempo, como você!
Pois bem, dedicados leitores...
Devem imaginar que, apesar da minha eterna falta de tempo ou explicando melhor, do meu excessivo número de afazeres, eu fiquei muitos dias, entre uma atividade e outra, pensando nesta frase dita pela minha colega...

“...UMA PESSOA QUE NUNCA TEM TEMPO, COMO VOCÊ”...

Desculpas para isso eu tenho várias: 
- Família (marido e filha, principalmente);
- Pedagogia na UFRGS;
- Cursos de formação de professores, 
- Trabalhar 50HS semanais em duas escolas diferentes, 
- Entre outras tarefas que envolvem o cotidiano feminino.

Porém quero analisar de outro modo e propor um debate saudável e eficiente sobre a gestão do tempo.
Como nos diz o renomado autor Augusto Cury (2004):

“A vida é um grande espetáculo. Vale a pena vivê-la, apesar de todas as suas dificuldades. Um vencedor não pode estar na plateia. Tem de estar no controle de sua vida”! 
(CURY, 2004)

Considerando que ao mesmo tempo em que eu produzia este texto, eu também precisei de tempo no feriado para:
- Pelo menos 2 horas e 30min para dialogar com a colega Márcia Jung e treinarmos, juntas, a apresentação do artigo que escrevemos para o II Congresso Brasileiro de Produção de Vídeo Estudantil;
- Pelo menos 6 horas para criar uma apresentação de Power Point que estivesse de acordo com a proposta que representasse a nossa ação pedagógica com a educação audiovisual e a educação musical;
- Entre dar atenção para minha filha, cuidar da nossa alimentação/higiene e brincar com minha filha (porque na primeira infância, principalmente na visão dos pais: o tempo voa);

Portanto, sim, eu não tenho tempo para algumas atividades, pois estou muito envolvida com minhas escolhas. E, a medida que avanço em cada etapa, em cada evento, em cada tarefa postada no ambiente de aprendizagem do PEAD, em cada atividade promovida ou finalizada no Programa Novo Mais Educação, nos poucos (mas necessários) compromissos familiares que consigo estar presente, nas propostas concluídas com a educação infantil e que, por vezes, levam muitos dias, pois demandam mais detalhes que me exigem mais tempo...

Este texto é uma reflexão também, mas acima de tudo é uma fonte de inspiração, uma forme de me encorajar a seguir em frente e continuar honrando minhas escolhas profissionais, acadêmicas e pessoais.
O melhor caminho é seguir em frente e avançar, dia a dia, na conclusão dos compromissos assumidos em 2017 e iniciar os planejamentos e as organizações para assumir novas oportunidades e responsabilidades para 2018.

Então, a única maneira é estudar mais e vencer este semestre... 
Falta muito sim, mas eu chego lá!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Escrita Colaborativa na Educação Infantil: João, Victor e o cachorro Totó

Quando nos envolvemos com o processo de autoria colaborativa, inicialmente pensamos na escrita universitária.

Neste semestre, nos envolvemos na elaboração de alguns trabalhos em grupo no PEAD e são estas experiências que nos enriquecem, nos fazendo aprender a respeitar a opinião das colegas e compreender a aprendizagem a partir de diferentes olhares.

É, também, uma oportunidade de troca de experiências que envolve muito trabalho, paciência, dedicação e respeito, mas que também nos exige a superação de muitas dificuldades.

Refletindo sobre este ponto de vista, opto por transpor a fala sobre estas dificuldades que já conhecemos, pois as vivenciamos na prática dos estudos realizados na Universidade e, também, já as experimentamos, anteriormente, quando elaboramos as dificuldades vivenciadas nos trabalhos em grupo que realizamos na Educação Básica e no Ensino Médio. 

Pensando numa perspectiva futura, destaco um olhar sob o enfoque da escrita colaborativa na educação infantil.

Planejar uma aula para crianças de 4 e 5 anos com a proposta da criação autoral de uma história coletiva é uma ação plural, envolve não só a preparação dos recursos e materiais didáticos a serem explorados, mas, principalmente, a organização de um espaço de tempo mais ampliado e que envolva o diálogo, a escuta e a comunicação entre todos.

Não é lá uma proposta muito simples, na prática, mas dá certo e é muito importante para as crianças da educação infantil aprenderem a respeitar a opinião dos outros e também a expor suas ideias ao grupo.

Refletindo sobre o que nos diz Brito, de acordo com o pensamento crítico que nos remete à realização de atividades que envolvam a leitura e a escrita na educação infantil, podemos compreender que: 

"O grande desafio da Educação Infantil está exatamente em, em vez de se preocupar em ensinar as letras, numa perspectiva redutora da alfabetização (ou de letramento), construir as bases para que as crianças possam participar criticamente da cultura escrita, conviver com essa organização do discurso escrito e experimentar de diferentes formas os modos de pensar o escrito". (BRITO, 2005, p. 16). 

Deste modo, torna-se naturalmente eficaz proporcionar às crianças que frequentam a educação infantil a oportunidade de vivenciar e explorar a literatura, a escrita, a leitura, a criação colaborativa, os recursos midiáticos e tecnológicos e, inclusive os jogos cooperativos que envolvem histórias e canções com seus enredos e contextos sócio-culturais.

É a possibilidade de a leitura e a escrita estarem presente no dia a dia da primeira infância com propostas significativas e ricas em aprendizagens e troca de conhecimento entre crianças e adultos.

Outro ponto marcante, neste processo que envolve a leitura e a escrita na educação infantil, refere-se à percepção de escrita, pois podemos relacionar com a questão narrativa de início, meio e fim. Refletir sobre o tempo que se mede pelas vivências de antes ou depois, perto ou longe, aqui ou lá, agora ou depois... São ações significativas vivenciadas no processo de criação colaborativa de textos narrativos, histórias e canções que envolvem as propostas pedagógicas da educação infantil, em especial da turma Infantil II da EMEI Jardim Verde na cidade de São Leopoldo/RS que esteve envolvida em um processo criativo durante este segundo semestre de 2017 tanto produzindo narrativas para a criação de vídeos estudantis como para a montagem de um livro virtual, que virou livro impresso (a partir do esforço financeiro das famílias da turma) e que lançamos aqui o E-Book para apreciação e melhor compreensão da relevância deste debate sobre as oportunidades que as crianças de educação infantil podem experimentar no contexto sócio-cultural e educativo que envolve a leitura e a escrita.
Portanto, é enriquecedor quando podemos refletir sobre as tomadas de decisões e o potencial criativo de cada criança e, principalmente, quando dialogamos sobre o pertencimento desta criança ao espaço escolar, bem como, quando a família da criança se empenha em estar presente em diferentes etapas do processo, colaborando ativamente com a proposta pedagógica do espaço escolar.

Entendo que isto é o que todo profissional da educação, em especial da educação infantil que atende crianças que precisam deste suporte do adulto: ver crianças brincando com a leitura e a escrita e, neste brincar, aprender, como bem nos lembra Augusto Cury (2012), que:
 "[...]a vida é o maior espetáculo no palco da existência [...]"

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Reflexões sobre Preconceito Estético - Pesquisa de Opinião

        Na interdisciplina Seminário Integrador - Eixo VI foi realizado um estudo de caso que trata sobre o Preconceito Estético, através da metodologia de Pesquisa de Opinião com o objetivo de diagnosticar como são tratadas as questões de discriminação e preconceito estético na comunidade acadêmica do Curso de Pedagogia da UFRGS.
          De acordo com o Dicionário OnLine da Língua Portuguesa, pode-se conceituar que preconceito é:
"Sinônimo de intolerância,  repúdio demonstrado ou efetivado através de discriminação por grupos religiosos, pessoas, ideias [...]".
           E, ainda, pesquisando no Dicionário OnLine da Língua  Portuguesa, entende-se por estético o:
"Adjetivo concernente ao sentimento do belo: senso estético".
           Portanto, compreende-se por preconceito estético um ato intolerante que demonstre repúdio através da discriminação por pessoas ou grupos no que se refere ao senso estético de outrem! Analisar o preconceito estético é uma ação bem delicada e complexa, pois o que é belo esteticamente para  mim pode não ser para a outra pessoa e, portanto, tornar-se necessário o respeito à diversidade estar, acima de tudo, presente nas relações interpessoais, bem como, o desenvolvimento de uma educação voltada à conscientização de que todos somos humanos e como tal viver em sociedade nos exige senso crítico, respeito e muito bom senso.

             Deste modo, seguem algumas respostas, seguidas de reflexões sobre elas:
           É notório que, das dezenove pessoas entrevistadas na Pesquisa de Opinião sobre Preconceito Estético, pelo menos dezessete pessoas já sofreram ou presenciaram algum tipo de preconceito estético.







REFERÊNCIAS

https://www.dicio.com.br/pesquisa.php?q=preconceito+est%E9tico


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Ideias sobre Tecnologia e Educação

colaboração e cooperação

tecnologia móvel
aprendizagem móvel

autorização e direitos autorais para textos, sons e imagens

podcast

pensadores como freire, skinner, piaget, e aquele do vídeo mais atual...

citar a tese da professora Cíntia sobre Youtube...


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Algumas Questões Filosóficas que estão por trás da Criação de Vídeos Estudantis na Educação Básica

Leitura do texto inicial para atividade o que é Aprendizagem II...

Citações e reflexões...

Reflexões sobre o texto da aula presencial e da questão ética do professor
o papel social que o professor exerce e que transforma a realidade das crianças

As potencialidades de se trabalhar com as diferentes linguagens educativas através da produção de vídeos no Programa Novo Mais Educação...

Duas questões chaves são apontadas nesta abordadas: a concepção de leitura e escrita para as turmas de 2º e 3º anos do ensino fundamental e a reflexão sobre a importância da matemática na vida cotidiana para as turmas de 4º e 5º anos do ensino fundamental.

Retomando a citação de que quando nos planejamos para dar voz aos estudantes, a cada dia, nos deparamos com situações ímpares e com diálogos que fogem de uma metodologia conteudista e que abrangem, nitidamente, o mundo real dos estudantes.
Nesta percepção, de dar voz aos alunos, posso citar o vídeo sobre o Ensino Híbrido e fazer um link com a educação audiovisual...


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Concepções Epistemológicas no Uso de Ambientes Virtuais para Aprendizagem EAD

Conceituar: Atrator, argumento e entorno.

Interessante postar aqui a questão do meu vídeo Caixa de Brinquedos: um Universo Infantil e já tentar encontrar no vídeo os conceitos supracitados.

Promover aqui a proposta de reflexão sobre meu vídeo...

Questionamentos...
Ficha Técnica...
A questão citada pela professora Cintia Boll no que se refere ao termo expecto autor... citar o texto que ela comentou e procurar refletir sobre as potencialidades pedagógicas da produção audivisual na educação infantil...




quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Adaptações Escolares e a Terapia Ocupacional: uma relação estreita entre consultório e sala de aula

          O que é a terapia ocupacional? De acordo com o CREFITO (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 9ª Região):

A terapia ocupacional é uma profissão da área da saúde que promove prevenção, tratamento e reabilitação de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos ou de doenças adquiridas por meio da utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos. 

É uma área que tem intervenção voltada para a pessoa e seu grupo social. O objetivo é ampliar o campo de ação, desempenho, autonomia e participação, considerando recursos e necessidades de acordo com o momento e lugar, estimulando condições de bem-estar e autonomia. Por meio do fazer afetivo, relacional, material e produtivo o profissional contribui com os processos de produção de vida e saúde. 
           















           Algumas possibilidades do trabalho inclusivo em sala de aula se refere à adaptação de recursos e materiais que promovam a equidade entre os alunos no desenvolvimento das propostas pedagógicas.

          É uma relação estreita entre o fazer pedagógico, a rotina escolar e o trabalho com base nas potencialidades da criança.

          São inúmeras as contribuições e as possibilidades que a terapia ocupacional nos traz e que são possíveis de serem utilizadas como adaptações realizadas em propostas para incluir não só pessoas com necessidades educativas especiais, mas para promover uma aula inclusiva para aqueles que demandam uma adaptação curricular.

          Como podemos citar o exemplo de crianças que frequentam a escola no turno contrário em programas como o Mais Educação, por exemplo. E até mesmo para crianças em idade de educação infantil que frequentam diariamente os espaços escolares por, no mínimo 8 horas diárias e para aquelas crianças que, mesmo sem laudo, apresentam dificuldades em acompanhar a turma e que tem seu próprio tempo para compreensão e vivências das possibilidades que a proposta pedagógica propõe.






       

REFERÊNCIAS
http://www.crefito9.org.br/terapia-ocupacional/o-que-e-terapia-ocupacional/164

domingo, 8 de outubro de 2017

A relação entre Família e Escola numa Perspectiva da Educação Inclusiva

          Ao refletir sobre a relação entre Família e Escola numa Perspectiva da Educação Inclusiva precisamos relacionar à definição da expressão humanidade.
          De acordo com o Dicionário OnLine podemos destacar os sinônimos da palavra humanidade, como sendo:

           Quando nos deparamos com a nossa própria realidade, nos damos conta de que somos todos humanos e que estar em convívio na sociedade apresenta-se como um desafio, não pelas nossas diferenças ou pelas nossas semelhanças, mas, principalmente, pela visão com que nos propomos a enxergar a vida e as suas possibilidades.           Portanto, é sempre útil colocar-se no lugar do outro, ainda mais no que se refere à relação presente entre família.           Quando nos relacionamos com os familiares dos alunos especiais, precisamos estar atentos aos nossos conceitos e pré-conceitos estabelecidos socialmente e a partir das nossas vivências anteriores, por isso a importância de nos colocarmos, sempre, no lugar do outro, refletindo: "Como eu me sentiria se alguém me tratasse desta forma?". Esta é a base para o diálogo entre família e escola em todas as etapas da educação.            Ao pesquisa sobre o Preconceito Estético, na interdisciplina Seminário Integrador Eixo VI, percebe-se muito da importância de relacionarmos a nossa ação docente ao movimento de reflexão presente no dia a dia e oriundo de uma convivência saudável com a diversidade humana.             Deste modo, é possível destacar que: '...são as nossas ações positivas promovidas na simplicidade do dia a dia que nos tocam o coração e transformam o mundo' (Necchi, 2017).

 
REFERÊNCIAS
https://www.dicio.com.br/humanidade/

domingo, 1 de outubro de 2017

Produções Audiovisuais na Educação Básica

Apresentação do trabalho desenvolvido pela Professora Ana Necchi, em atuação na educação infantil e na articulação pedagógica (turno manhã) do Programa Novo Mais Educação no município de São Leopoldo/RS

Memórias de 2016

Produção de Vídeo Estudantil com a turma Berçário II em parceria com a turma Infantil III-B (Professora Marinês Silva) na Escola Municipal de Educação Infantil Antônio Leite.

Link para conhecer o documentário produzido com o tema Aedes Aegypti - Chega! É o Fim do Zum Zum Zum



Vídeos Estudantis em 2017

Com a turma Infantil II da Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Verde.
Link para visualizar o curta metragem infantil - Caixa de Brinquedos: um Universo Infantil

Com os alunos do 2º e 3º ano do ensino fundamental que frequentam, no turno da manhã, o Programa Novo Mais Educação 2017 da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor João Carlos Von Hohendorff, em parceria com a professora mediadora Marina da Rocha.
Link para visitar nosso filme - O livro de receitas

Com os alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental que frequentam, no turno da manhã, o Programa Novo Mais Educação 2017 da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor João Carlos Von Hohendorff, em parceria com a professora mediadora Mariana Cristine Maciel da Silva.
Link para curtir nossa obra de arte cinematográfica - Estudar Matemática? Para quê?




Reflexões Pedagógicas
Inserir na prática pedagógica possibilidades de envolver as crianças na utilização de recursos midiáticos é uma das fontes de inspiração para as produções cinematográficas estudantis realizadas e divulgadas acima.
Pensar nas dificuldades encontradas no dia a dia para realizar a proposta de realização de vídeo estudantil é uma ação necessária e constante para melhorar as técnicas e para, de fato, envolver os alunos nas produções.
A escuta sensível é essencial em cada instante, pois nossas crianças são extremamente criativas e podem contribuir de forma ativa em cada etapa da produção de vídeo estudantil, inclusive na edição do vídeo, independente de estarem na educação infantil ou no ensino fundamental.
Estar atento às expectativas e respeitar o tempo e as habilidades que se destacam em cada criança é uma forma de tornar a atividade desenvolvida de uma forma mais significativa e prazerosa para todos os envolvidos.
Portanto, a educação audiovisual promove a construção de sujeitos ativos e participantes efetivos no seu processo de construção do conhecimento e, contribuem, de forma colaborativa, na aprendizagem das outras pessoas envolvidas: professores, colegas e familiares.


AVENTURE-SE, VOCÊ TAMBÉM, PELOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO AUDIOVISUAL!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Caminhos da Inclusão

Retrospectiva Histórica na Educação Especial

É necessário refletir quando se trata de retrospectiva histórica na Educação Especial que, de acordo com as leituras sugeridas no Eixo VI e dos cursos realizados ao longo do semestre, que muitos foram os avanços, bem como que a maioria das mudanças sociais que acontecem na linha histórica da inclusão de pessoas com necessidades especiais, sejam elas educativas ou não, se apresentam no ambiente escolar. Deste modo, muitas ações que incluem a formulação de leis, iniciam sua trajetória por uma demanda emergente nos ambientes escolares e se estruturam nos órgãos reguladores e competentes em âmbito social e educacional.

Ao abordar esta temática, transcreve-se, também a palestra ministrada pela Psicóloga da APAE Canoas Júlia dos Anjos no I Seminário de Educação Inclusiva da APAE Canoas/RS, que nos faz refletir que:
“Duas foram são as vertentes da Educação Inclusiva: a Integração e a Inclusão. Na primeira, a Integração: tudo depende do aluno, é ele que tem que se adaptar ao sistema. Na Inclusão, o meio e o social deverá se modificar e preparar-se para receber o aluno com necessidades especiais. Este é o momento que nós estamos vivendo, por isso que ele é mais desconfortável em algumas situações. Porque teve um período em que se o aluno não se adaptasse ao sistema escolar ele ia para outro lugar, ele ia para a escola especial; hoje não. Então o meio é que precisa estar pensando o que vai fazer para que aquela criança, aquele aluno, consiga se desenvolver”. (ANJOS, 2017).

É perceptível que jamais haverá inclusão de fato, se a sociedade não se mobilizar e se adaptar.

Com o passar dos anos, se a sociedade não se adequar para receber as pessoas com necessidades especiais, é bem possível que os papéis irão se inverter, porém a inclusão ainda não estará acontecendo, porque os excluídos serão os que hoje são considerados “normais”.

Visto a problemática da inclusão do âmbito social é, portanto, fundamental que a consciência de humanidade seja a principal norteadora deste processo de inclusão, aí sim, caminharemos para uma sociedade em que a inclusão aconteça de fato e que não haja espaço para exclusões de nenhum tipo.

Entenda-se que não estamos abordando aqui a frase citada acima, de forma utópica: ‘caminharemos para uma sociedade em que a inclusão aconteça de fato e que não haja espaço para exclusões de nenhum tipo’ (NECCHI, 2017). Visto que se trata de um processo de conscientização moral e ético, num momento caracterizado por uma ação social comum a todos nós, enquanto seres humanos aprendizes e imperfeitos que somos, em que estaremos agindo de forma socialmente responsável e ética e, deste modo, convivendo com as diversidades e adversidades humanas de forma respeitosa e inclusiva.


Reflexões sobre os “Caminhos da Inclusão” por ANJOS, 2017:

Marcos Significativos dos CAMINHOS da INCLUSÃO no Mundo
60/70
1988
1990
1994
1999
2007
Décadas Iniciais
Convenção sobre os Direitos da Criança
Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Tailândia)
Declaração de Salamanca (Espanha)
Declaração de Guatemala (Espanha)
Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (Nova York)
  
Marcos Significativos dos CAMINHOS da INCLUSÃO no Brasil
1994
1999
2001
2001
           2015
Política Nacional de Educação Especial
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
Decreto 1.956
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015)

Percebe-se, nos quadros acima que no Brasil as Escolas Especiais começaram a surgir em 1954. Outra informação relevante é que iniciando pelas APAES (Associações de Pais de Pessoas Portadoras de Deficiência), juntamente com as Escolas para Cegos e as Escolas para Surdos, a Educação Inclusiva iniciou sua trajetória histórica. No decorrer dos anos, as nomenclaturas das mesmas vêm sendo aprimoradas pelo respeito pela pessoa, mas a essência se mantem: a de incluir a pessoa com necessidades especiais às ações cotidianas do convívio social e educacional.

O que também nos é referenciado por ANJOS (2017) é que:
“Devemos pensar que, antes de uma síndrome ou de uma necessidade especial, temos um sujeito de direitos. É por meio da escola que se promovem as mudanças sociais, a ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta e se fortalece na escola. Para que a escola consiga dar conta desta demanda é importantíssimo a mediação, a reflexão e o apoio de uma equipe multidisciplinar. É necessário conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o processo de ensino aprendizagem. E também como se dá o processo para aquele sujeito que está na nossa frente, não para a Síndrome de Down, não para o paralisado cerebral, mas para aquela pessoa que está na nossa frente. É fundamental o assessoramento ao professor para resolução de problemas do cotidiano na sala de aula, criando alternativas que possam beneficiar todos os alunos daquela sala de aula não só os alunos de inclusão”. (ANJOS, 2017).

Aos poucos a sociedade está compreendendo que não há uma prática de inclusão que possa vir a ser copiada e colada, por assim dizer. Pois cada caso é um, cada pessoa é uma, cada situação exige de nós uma resposta, uma ação ou várias respostas e ações com demandas totalmente diferentes a cada dia, a cada nova situação. Podemos considerar que a inclusão social e educacional é uma realidade que nos oferece a capacidade de exercitarmos os nossos potenciais de humanos de adaptação, criatividade, bom senso, respeito e ética.

Como muito bem nos faz refletir ANJOS (2017):
“Não temos nenhuma proposta de inclusão que possa ser generalizada ou multiplicada. No entanto não tem mais volta e este processo é de responsabilidade de toda sociedade e a escola, como promotora de mudanças sociais, com certeza é quem vai estar a frente disto. Enquanto a escola estiver puxando a inclusão, tenham certeza que logo teremos uma sociedade mais justa e para todos. A escola é quem mais fala de inclusão. Se a gente analisar todo o processo que se tem, toda a caminhada que se tem, todos os recursos... sempre foi a escola que está à frente, infelizmente com muitas dificuldades, infelizmente com pouco assessoramento. Mas é essa a ideia, este é o momento, que a gente possa estar refletindo juntas, articulando juntas, para que cada uma saia daqui com mais perguntas, com mais reflexões porque o ato, a ação vai ser no momento para cada sujeito, não tem uma resposta única, uma receita”. (ANJOS, 2017)


Diante disso, é primordial entendermos que a inclusão, historicamente, vem sendo fruto de uma transformação social e educacional em que o processo principal se dá no ambiente escolar e na interação deste com as demandas da rotina escolar e da rotina familiar e que esta caminhada acontece de forma, contínua, avançando a passos lentos, porém largos. E que será através de uma postura ética e de uma consciência de humanidade que promoveremos uma sociedade justa e para todos.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O Currículo Escolar da Educação Básica analisado sob uma Perspectiva das Questões Étnico-Raciais

Pensar as questões étnicos-raciais na educação básica não é possível sem analisarmos e debatermos sobre a formação curricular das instituições de ensino.
Uma vez que a escola apresenta um papel social emergente e que é neste espaço que as relações interpessoais e os vínculos de amizade e respeito no convívio em sociedade são fortalecidos e, nesta interação entre sujeitos, se faz possível presenciar as potencialidades do racismo e do preconceito racial, presentes na sociedade brasileira, ainda que, aparentemente, de forma silenciosa.
Esta ideia pode ser brevemente reforçada no próprio Referencial Teórico que orienta a prática educacional nas escolas brasileiras, que nos referencia dizendo que:

"É sabido que, apresentando heterogeneidade notável em sua composição populacional, o Brasil desconhece a si mesmo. Na relação do País consigo mesmo, é comum prevalecerem vários estereótipos, tanto regionais quanto em relação a grupos étnicos, sociais e culturais. A Educação & Sociedade, ano XXIII, no 79, Agosto/2002 127 Historicamente, registra-se dificuldade para se lidar com a temática do preconceito e da discriminação racial/étnica. O País evitou o tema por muito tempo, sendo marcado por “mitos” que veicularam uma imagem de um Brasil homogêneo, sem diferenças, ou, em outra hipótese, promotor de uma suposta “democracia racial”". (Parâmetros Curriculares Nacionais, vol. 10, p. 22)

É durante o tempo em que nos dedicarmos ao debate dialógico e à ação voltada para a conscientização e, principalmente, para a construção da identidade histórica dos nossos alunos e de nós mesmos enquanto professores e seres humanos ricos em história de vida e cultura que nossa identidade cultural irá se estabelecer e que fortaleceremos a uma ação educativa anti-racista, que ofereça oportunidades equivalentes a todos, pois somos todos sujeitos de direitos e precisamos ser vistos e respeitados por isto.

Ainda refletindo sobre o papel do educador na vivência social e no posicionamento perante a temática racismo e preconceito é de fundamental importância destacar as ideias de McLaren que nos permite perceber que:

"... o educador como agente revolucionário, ressaltando que se reconhecer dessa forma é mais do que um ato de compreender quem somos; é um ato de reivindicação de nós mesmos a partir de nossas identificações culturais sobrepostas e de nossas práticas sociais, de forma que possamos vinculá-las à materialidade da vida social e às relações de poder que as estruturam e as sustentam." (McLaren, 2000, p. 2)

Interessante que, nesta perspectiva, muitos educadores procuram agir em prol de uma ação que invista na conscientização e na reflexão sobre a linha histórica do escravismo brasileiro, ainda que neguem de forma ampla a existência da discriminação e da injustiça social perante os descendentes indígenas e afro-brasileiros. Existe um discurso que na prática nem sempre acontece. Uma ação reflexiva que no dia a dia aparece em forma de atitudes discriminatórias e que reforçam uma convivência baseada no racismo, ainda que de forma sutil e, em alguma vezes lúdica (através de brincadeiras entre colegas), mas que estão muito longe de formar uma consciência anti-racista através de uma perspectiva que trate as questões étnico raciais de forma justa e igualitária com o exercício de direitos e com a igualdade de possibilidades de ascensão social e financeira para todos os povos e etnias.

De acordo com Banks (1999), é possível que se propunha:

"... um modelo próprio de educação multicultural para ser um referente no dia-a-dia das salas de aula, baseado em cinco dimensões interligadas, que assim são explicitadas (Banks, 1999): 
- Integração de conteúdo: lida com as formas pelas quais os professores usam exemplos e conteúdos provenientes de culturas e grupos variados para ilustrar os conceitos-chave, os princípios, as generalizações e teorias nas suas disciplinas ou áreas de atuação; 134 Educação & Sociedade, ano XXIII, no 79, Agosto/2002 
- processo de construção do conhecimento: propõe formas por meio das quais os professores ajudam os alunos a entender, investigar e determinar como os pressupostos culturais implícitos, os quadros de referência, as perspectivas e os vieses dentro de uma disciplina influenciam as formas pelas quais o conhecimento é construído; 
- pedagogia da eqüidade: existe quando os professores modificam sua forma de ensinar de maneira a facilitar o aproveitamento acadêmico dos alunos de diversos grupos sociais e culturais, o que inclui a utilização de uma variedade de estilos de ensino, coerentes com a diversidade de estilos de aprendizagem dos vários grupos étnicos e culturais; 
- redução do preconceito: esta dimensão focaliza atitudes dos alunos em relação à raça e como elas podem ser modificadas por intermédio de métodos de ensino e determinados materiais e recursos didáticos; 
- uma cultura escolar e estrutura social que reforcem o empoderamento de diferentes grupos: promove um processo de reestruturação da cultura e organização da escola, para que os alunos de diversos grupos étnicos, raciais e sociais possam experimentar a eqüidade educacional e o reforço de seu poder na escola".

Nos impulsiona para uma ação pedagógica voltada para a conscientização e o respeito à diversidade cultural e étnico, as ideias de Dewey (1971):

"A educação não é preparação e nem conformidade. Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer". (DEWEY, 1971: 29).

Portando, pensar na construção de uma sociedade democrática e na necessidade emergente de pensarmos a educação através do seu papel social e de formação de opinião coletiva, podemos ter em vista as interações que o sujeito faz, anteriormente, com os demais grupos a que pertence (família, igrejas, entre outros) e as interações que ele faz com o grupo escolar. Deste modo, é possível destacar que a construção desta identidade ideológica do sujeito, neste processo de conscientização caracterizada pela diversidade cultural e étnico-racial a qual pertencemos todos nós brasileiros é uma ação conjunta, mas também individual; é fruto de muito debate, mas também é sinônimo de lutas e conquistas pessoais, onde cada um de nós reconhece sua história, compreende suas vivências e os tempos em que elas estiveram inseridas e constrói as fortalezas necessárias para mudar o que tem que ser mudado e para apoderar-se no que lhe pertence por direito.




domingo, 10 de setembro de 2017

Refletindo sobre Mídias e Tecnologias Digitais na Educação

Cada dia é mais emergente dialogarmos, nos nossos espaços educativos (Escolas e Formações de Professores, principalmente), sobre o bom uso que podemos fazer dos recursos midiáticos e tecnológicos, tais como: Smart Phone (internet, fotografia digital, vídeo, entre outros), jogos, informática na educação e a criação de aplicativos.

De acordo com a reflexão de Margarete Axt no texto referido "em torno da problemática que trata das tecnologias da informação e da comunicação para a Educação... fica muito difícil acrescentar algo realmente novo àquilo que todo mundo já disse ou já sabia".

Deste modo é importante destacar que na educação é essencial refletir sobre o posicionamento dos profissionais da educação frente a esta questão.


Ciência - Cultura - Educação e Tecnologia
O que há em comum?
Segundo as reflexões apresentadas no texto... 

"... ciência, tecnologia, arte e educação, sendo produtos produzidos pela sociedade... enquanto produtos, sobre o conjunto concreto ou virtual dos seus produtores, e isso independentemente da possibilidade, ou não de acesso de determinado segmento a esses produtos, uma vez que todos os segmentos são partes contribuintes da totalidade cultural e por ela são afetados".



Vivenciamos, portanto, um momento de transição e de afirmação das possibilidades tecnologias na sociedade que reflete diretamente na educação e na sistemática de ensino atual.


Questiono: Qual o papel da escola frente as novas possibilidades tecnológicas e midiáticas nas perspectivas: sócio-cultural e educacional?


Me desafio a responder que são necessárias algumas ações concretas que nos exigem a elaboração de metas e constantes mudanças e reflexões no fazer pedagógico diário. Dentre estas ações, podemos destacar a importância de o educador: 
- reconhecer, compreender e fazer um bom uso da tecnologia para a educação integral dos educandos;
- interessar-se por atualização profissional através de cursos, palestras e seminários;
- rever e discutir inúmeras vezes o currículo escolar, suas implicações na comunidade em que a escola atua e fazer os ajustes necessários;
- adequar seu fazer pedagógico frente ao novo perfil de educandos.



E podemos reforçar esta ideia refletindo sobre o que nos afirma Margarete Axt: 
"...envolvidos na construção de conteúdos e informações, leva obrigatoriamente à necessidade de uma atitude dialógica e cooperativa frente ao conhecimento. Ser sujeito de linguagem, interativo, dialógico, ser sujeito do conhecimento é ser um sujeito capaz de autonomia, mas de uma autonomia instável, que se sabe relativa, provisória, que se precisa sempre em ação, que se constrói e reconstrói a cada interação, a cada comunicação, a cada apropriação de conteúdos/informações para transformá-los em conhecimento, a cada decisão; uma autonomia instável, precária, mas que pode se afirmara cada decisão, a cada escolha, a cada análise - seja na relação com o mundo (natural, simbólico-cultural), com o outro, consigo mesmo. Muda a função, o papel do professor...".




Sob esta novo pensar é possível enfatizar que o profissional da educação passa a desempenhar, eticamente falando, um papel sensibilizador e mediador em que a escuta sensível e a construção da aprendizagem colaborativa andam juntas e dialogam entre si.


Link de acesso ao texto completo escrito por Margarete Axt que influenciou diretamente esta reflexão: