domingo, 20 de dezembro de 2015

Mídia e Infância - ações e (re)ações

Postado em 20dez15 – Corrigido em 21março2016
Mídia e Infância – ações e (re)ações
         Uma das características mais marcantes que conceitua o que é uma professora é ser multitarefas (mãe, professora, esposa, estudante, dona de casa, amiga, filha, irmã, nora, entre muitas outras), mas nem sempre esta multiplicidade de funções é vista como positivo, pois a sobrecarga de atividades em inúmeras vezes causa angústia, medo e preocupações excessivas com as demandas e, em muitos casos, gera um acúmulo de sentimentos e responsabilidades que exigem muita organização do tempo, disciplina e persistência para serem superados e cumpridos num tempo determinado.
         Refletindo sobre a temática organização do tempo, posso perceber que este foi o meu ponto mais fraco neste semestre. E por isso que é um dos meus objetivos principais para o ano de 2016.
           Nesta semana eu estava voltando da licença maternidade que terminou em 25 de setembro e me inteirando, aos poucos, da rotina de estudos do PEAD, encontrei algumas temáticas sendo debatidas, sugeridas para estudo e desenvolvidas nas diferentes interdisciplinas, e entre elas uma ligação bem significativa com a prática docente na escola em que atuo. 
            O que mais me encanta neste curso é isso, é poder ler, refletir, escrever e colocar em ação os meus estudos, pois a maioria das propostas deste período estão relacionadas ou podem ser refletidas e vivenciadas no espaço escolar.
           Na interdisciplina Infâncias de 0 a 10 anos, iniciamos nosso estudo a partir do conceito de infância, percebendo que dos 0 aos 10 anos é o período em que o indivíduo recebe as informações e concepções que irão auxiliar a formar sua personalidade e a descoberta de suas primeiras habilidades e dificuldades em lidar com seu próprio processo de ensino aprendizagem, estudamos o texto “Infâncias na mídia”, de Mariângela Momo.
        Esta leitura clareou mais ainda a visão quanto ao consumo desenfreado de conceitos e estereótipos que nossas crianças e adolescentes recebem e compram da mídia, constantemente. Podemos dizer que estamos vivendo em uma infância de consumo, onde a sociedade oportuniza aos jovens inúmeras possibilidades de compras, onde as novidades surgem diariamente e em tempos de reciclagem, cuidados com a escassez da água no planeta entre outros fatores meteorológicos e de estrutura na organização social e cultural dos países, o que estamos ensinando para esta infância? 
               Refletir sobre este questionamento nos faz pensar: “as coisas são descartáveis?” E isto é sim um risco que corremos, de que daqui uns anos, alguns desajustes sociais surjam dessa relação desenfreada com a dita “infância de consumo” como bem define a autora no texto referido. ato é de valor, i Investimentos em cultura, arte e resgate das tradições folclóricas são pontos chaves para nossas ações preventivas enquanto nos preocupamos com a formação de nossos futuros adultos.
              É emergente que pais, educadores e sociedade esteja estejam atentos a este consumismo desenfreado que acompanha a primeira infância para que possamos ensinar nossas crianças de que forma lidar com as dificuldades futuras e que possam eleger prioridades para si, suas famílias e para a sociedade em que estão inseridas.
                Uma alternativa é incentivar hoje a presença da família na educação dos filhos e a herança cultural através do resgate de brincadeiras da nossa geração, de prática de esporte, atividades artísticas e passeios culturais e sociais de integração e aprendizagem. 
                Penso que são destas pequenas ações que se integram no dia a dia da escola, entre a família e os educadores, que podemos cultivar nossa infância, propondo diferentes ações e sugerindo que esta infância venha a substituir este consumismo desenfreado por atitudes positivas que gerem confiança futura na tomada de decisões para sua vida adulta.


Um comentário:

  1. Olá Ana!
    Essa questão de multitarefas ou várias identidades é mais notória em nós mulheres.
    Por isso, a importância da comunidade e dos pais participarem dos projetos e das reuniões escolares para que haja engajamento junto com professores e alunos a fim de mostre que podemos ser manipulados, sendo assim, é fundamental a cultura.
    Abr@ço!

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