segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Em Tempos de Escrita Colaborativa e Produção de Reflexões Acadêmicas

Desejando a Todos e Todas um Ótimo Eixo VIII e ENERGIZANDO este início de semestre letivo, hoje vou postar sobre...

Escrever... Refletir sobre as escolhas colocadas em prática... Dialogar com autores e potencializar ou mesmo (re)significar novas ações e fazer novas relações... 

Eis a questão que enlaça professores nas diversas redes de ensino (particular/comunitária, municipal, estadual ou federal).

Portanto, seguem os 10 motivos que os professores podem ter para NAMORAR um artigo:


Para quem tem o desejo de pesquisar como fazer artigos e colocar em prática suas teorias seguem algumas sugestões para organizar seus estudos (anteriormente a escolha do tema e da proposta de escrita em si).


Indicação de Curso Gratuito - Introdução ao texto acadêmico

Uma leitura que com algumas dicas úteis sobre como realizar uma citação direta ou indireta conforme as regras da ABNT

Em tempos de estágio supervisionado...
Em tempos de produções audiovisuais estudantis na Educação Infantil (E.I) ...
Em tempos de exposições fotográficas dos fotógrafos aprendizes na E.I. ...
Em tempos de Monitoria das disciplinas EDU 3084 e 3119 (UFRGS)...  
Em tempos de Escrita Colaborativa no grupo de pesquisa do LELIC/FACED/UFRGS...
Em tempos de preparação para a escrita do TCC...
E em tempos de Blog... 

É sempre bom reorganizar a escrita... Prepará-la com mais atenção e propriedade... 

A quem possa auxiliar, bom uso das sugestões de materiais.
Um fraterno abraço e abençoado 2018_2 para nós!

domingo, 17 de junho de 2018

TECNOLOGIAS MÓVEIS EM SALA DE AULA - INTERATIVIDADE E CONECTIVIDADE

UMA AÇÃO PEDAGÓGICA DESAFIANTE: 
CRIAÇÃO DE UM VÍDEO MUDO DE 1 MINUTO QUE REPRESENTE A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL ONDE ATUO NO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO/RS

PLANEJAMENTO
Primeiros Momentos - importância de destacar na escola o relevante papel que cada um desempenha no todo da escola, bem como, a percepção de que quando cada um faz a sua parte, todos ganham.
Adaptação da Proposta Inicial: escolher dentre as turmas e os setores que compõem a escola, algumas gravações de cenas representativas do espaço de convívio e demonstração das propostas que acontecem no espaço da escola em questão.
Reavaliação do Planejamento: Expressar o Afeto e a Afetividade presente na Educação Infantil da EMEI Jardim Verde sob a perspectiva da CRIANÇA mediada pelo olhar atento e a escuta sensível do ADULTO.

EXECUÇÃO
Durante o processo de execução da Ação Pedagógica foram realizadas filmagens pelos ambientes da escola, em diferentes contextos, dias e horários. De forma espontânea, entendendo-se que a espontaneidade é parte integrante do convívio diário das crianças da educação infantil e partindo de filmagens em momentos livres e o mais natural possível, seriam coletados momentos mais significativos e representativos, de fato, da expressividade e do sentimento: AFETO/AFETIVIDADE.

COLETIVIDADE
O primeiro passo para contextualizar a relevância da coletividade para todo o desempenho desta Ação Pedagógica se voltar para uma empreitada de sucesso, requer compreender que num espaço escolar a coletividade é o centro das relações humanas, estabelecidas em especial através do diálogo e da interação sujeito a sujeito.

EDIÇÃO
Ainda que, dentro do turno de trabalho (50 horas semanais) eu tenha tentado editar e montar o vídeo na escola, muitas foram as demandas sociais e pedagógicas do ambiente escolar que me afastaram deste objetivo e desta ação pedagógica.
Algumas destas demandas crescentes representada por situações cotidianas corridas e repletas de sentimentos/emoções e significativas vivências coletivas de aprendizagem e também de ensino, não só representaram um impedimento momentâneo para a continuidade desta parte da ação pedagógica planejada, mas também serviram como um desencadeador do desejo ardente de concluir a proposta de utilizar da mesma como uma forma de inspiração ao grupo de professores e como fonte de alegria às crianças e familiares.

PRODUTO FINAL
Ainda está sendo concluída a edição do mesmo. Muito já foi feito como a organização de cenas e os cortes de pedaços necessários. Porém ainda se tem mais algumas horas para finalização desta edição.
Pretende-se disponibilizar do produto final - o vídeo estudantil legendado (em caráter MUDO) com duração de 1 minuto: na primeira reunião de professores de julho e na entrega de pareceres da escola (também no início de julho).

REFLEXÕES PEDAGÓGICAS
Os desafios que são lançados no dia a dia da escola nos fazem perceber que, mesmo quando parece que as nossas escolhas não estão colaborando com a distância que estamos percorrendo rumo ao caminho que escolhemos seguir, com perseverança e muita dedicação ao trabalho pretendido, é possível sim conseguir realizar ações pedagógicas voltadas para o uso da tecnologia na escola, em especial para a produção audiovisual.
Um exercício de cidadania, registre-se aqui: a potencialidade com que se traduz em 1 minuto o afeto e a afetividade presente na ação pedagógica da Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Verde.

... #JuntosSomosMaisCultos ...
EM BREVE SERÁ DISPONIBILIZADO O LINK PARA O VÍDEO  

domingo, 10 de junho de 2018

Avançamos ou nos confundimos com as demandas que emergem do Mundo Digital?

Um questionamento pertinente: avançamos ou nos confundimos com as demandas que emergem do Mundo Digital? Esta é uma reflexão que precisa ser colocada nos diálogos sobre educação, ainda que não se obtenha uma resposta imediata ou concreta, podemos analisar diferentes possibilidades pelo viés da produtividade e da interatividade. 


Conforme nos orienta autora Schlemmer (2006, p. 38) "é fundamental nos articularmos nessa rede, constituída de espaços de aprendizagem híbridos, representados ora por situações presenciais físicas, ora por situações presenciais virtuais".

Deste modo, pode-se destacar que há uma relevância marcante entre o fazer pedagógico que acontece de forma presencial e se estende de forma virtual, ambos estão conectados pelas relações psicossociais que se estabelecem entre os sujeitos desta ação: tendo como protagonistas o estudante e o professor numa interação que promove a ajuda mútua e a aprendizagem e o ensino como trocas e diálogos interativos constantes e consistentes.

Complementando esta perspectiva dialógica e interativa entre os protagonistas do processo educativo, podemos citar novamente as concepções de SCHLEMMER (2006, p.38), que nos faz refletir que
"É preciso saber identificar quais são as metodologias que nos permitem tirar o máximo de proveito das TDs em relação ao desenvolvimento humano, ou seja, elas precisam propiciar a constituição de redes de comunicação nas quais as diferenças sejam respeitadas e valorizadas; os conhecimentos sejam compartilhados e construídos cooperativamente; a aprendizagem seja entendida como um processo ativo, construtivo, colaborativo, cooperativo e auto-regulador".

Deste modo, merece nosso destaque a tão importante presença da necessidade que emerge na escola, em tempos de cultura digital e mídias móveis, de tanto alunos bem como professores estarem conectados em ambientes virtuais de aprendizagem e nas redes sociais, percebendo que a escola continua viva fora dos seus muros e que a aprendizagem colaborativa tem hoje um potencial transformador da realidade socioeducativa que vai além do dia a dia e do contexto do planejamento didático diária, transpõe inclusive a necessidade de novas metodologias educativas e nos instiga a refletir sobre novos processos avaliativos em que não mais o aluno é visto como aprendiz, mas em que todos os segmentos envolvidos com o processo de ensino e de aprendizagem, vivenciam, em diferentes momentos, os variados papéis, como por exemplo: de aprender e de ensinar.

Como bem nos traduz e resume Guimarães Rosa:

  
REFERÊNCIAS
SCHLEMMER, Eliane. O trabalho do professor e as novas tecnologias. Revista Textual - SINPRO/RS. Porto Alegre: setembro de 2006.

domingo, 3 de junho de 2018

Dialogando sobre Aplicativos Úteis para a Educação Infantil - BYOD -

Muitos aplicativos foram criados na perspectiva de ampliar e desenvolver propostas pedagógicas que envolvem a educação infantil, todos eles podemos encontrar no página do BYOD.

Conversando sobre o que é BYOD
Através do Programa "Ciência na Sociedade e Ciência na Escola", professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul se uniram em projetos de pesquisa acadêmica com bolsista pela oportunidade de inserir o BYOD (Bring Your Own Device) como apoiador aos estudos na escola, a partir da criação de aplicativos no seu próprio dispositivo móvel.
A principal ferramenta digital a ser incentivada e utilizada no projeto BYOD é o App Inventor, uma plataforma em software livre do MIT, que permite a qualquer pessoa criar e compartilhar aplicativos para celular de forma rápida, intuitiva e sem necessidade de linguagem de programação.
Fazendo parte de um grupo de pessoas que se dispõe a pensar e agir em prol da educação: o foco do projeto é oportunizar aos alunos e professores condições pedagógicas para a criação de aplicativos para tecnologias móveis. 

Nesta oportunidade, portanto, foram selecionados os principais aplicativos para auxiliar no trabalho com educação infantil. Mas deixo aqui o convite para que visitem a página do repositório, pois ela promove mais de 200 sugestões de aplicativos que foram criados pelos estudantes universitários e professores para facilitar a nossa vida educacional e diária.

- Músicas para Educação Infantil
http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/musicas_para_educacao_infantil

- Receituras
https://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/receituras

- Piazito
http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/piazito

- Técnicas Artísticas para Crianças

- Brincando com as cantigas de roda

- Bebês de o a 3 anos

- Culturas infantis

- Guia de brincadeiras

- Espaço Pegadógico

- Literatura Infantil

- Brincar e aprender na educação infantil

- App vamos brincar?


domingo, 20 de maio de 2018

Afetividade e sua Relação com o Ensino-Aprendizagem na Educação Infantil

Uma proposta amplamente debatida entre os profissionais da educação que atuam na educação infantil é que as escolhas pedagógicas deste ser envolvida em ações em que as crianças possam vivenciar a afetividade e o afeto.

Deste modo a afetividade e as relações psicossociais oferecem uma oportunidade de vivenciarmos uma metodológica que emerge da escola de educação infantil.

Destacamos, deste modo, as referencias de Piaget que nos apresenta que "Nunca há ação puramente intelectual, assim como também não há atos que sejam puramente afetivos".

O questionamento base para esta perspectiva metodológica em escolas de educação infantis inicia-se nas emoções e em como lidar com elas no dia a dia?

Portanto, entende-se que, como adultos e também como crianças, trabalhamos com o nosso emocional a todo momento, conforme o nosso contexto diário vai sendo vivenciado, ou seja: na família, no trabalho, na escola, no trânsito... a todo momento somos chamados ao ato de educar nossas emoções.
É perceptível que quando não estamos bem, muitos sentimentos adversos se manifestam. A partir de alguns exemplo diários, surgem alguns questionamentos pertinentes:
- E quando não estamos bem, como nos sentimos? Do que mais precisamos?
-  De onde partem as nossas reações verbais e físicas mais severas?
- Porque, ainda na infância, surgem tantas situações desagradáveis nas relações entre os pares?

Podemos citar alguns estudos de WALOW (1995, p.83) que nos diz que:
[...] "as creches e escolas são de grande importância para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças [...]. Nesses locais, elas têm de aprender a brincar com as outras, respeitar limites, controlar a agressividade, relacionar-se com o adulto e aprender sobre si mesma e seus amigos, tarefas estas de natureza emocional [...] o fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas se sintam importantes, livres e queridas".

Considerando esta potencial ação, precisamos refletir sobre nossas escolhas e sobre nossa atuação profissional, enquanto trabalhadores em educação lotados na Educação Infantil que optamos ser.

Mais algumas questões para refletirmos:
- É possível reconciliar-se consigo mesma e oportunizar às crianças que o dia de hoje seja diferente?
- Na chegada da criança na escola, como fazemos a acolhida? Qual a importância, neste momento, de deixar os pais seguros?
- E se hoje? Como está sua turma? Agitada, confusa, com muitas dificuldades de relacionamento?
- E você professora, como se sente? Como você está hoje? Está conseguindo lidar com as adversidades? Precisa de ajuda? Quer conversar?

É muito importante que o profissional da educação reconheça as suas dificuldades, mesmo que sejam apenas dificuldades momentâneas, numa situação específica, para que seja possível compartilhar responsabilidades e construir novas formas de solucionar os problemas diários.

Uma potencial ação afirmativa é o compartilhamento de responsabilidades e experiência.  Ao darmos oportunidade para os outros e aprendemos a receber ajuda sem nos sentir frustrado por não ter feito sozinho é especialmente libertador, pois nos tira do ombro um peso que não é só nosso, é de todos.
Acredito que cada um pode fazer um pouquinho e assim tudo fica MAIS LEVE, MAIS ALEGRE, MAIS HUMANO.

Outro facilitador importante é contemplar nos Projetos da turma ou mesmo da escola as questões pertinentes às dificuldades enfrentadas com as relações psicossociais, envolvendo as famílias ao longo de todo processo pedagógico e cognitivo e não somente nos momentos de entrega de Pareceres Descritivos/Avaliações.

Ao estudarmos os referenciais teóricos para a educação e a legislação educacional vigente, nos deparamos com um artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que nos possibilita perceber e refletir um pouco mais sobre como as relações entre todos os segmentos da comunidade escolar se estabelecem:
"A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade". (LDB 9.394/96, em seu artigo 29).

Deste modo, pensar a escola e sua comunidade escolar envolvida por sentimentos de afetividade, prazer e alegria é propício para que as ações pedagógicas possam promover sentimentos no grupo de professores, no grupo de crianças e no grupo de familiares. Entende-se, portanto, que a escola é um todo, não existe um setor sem o outro: prefeitura, limpeza, merenda, secretaria, equipe diretiva e pedagógica e familiares. E é tudo em prol da CRIANÇA, ela é a principal peça de lego que se encaixa nesta alegre brincadeira.

 É relevante lembrar que a criança desta turma é única. No meu caso, apesar de estar atuando há 19 anos com educação infantil, é o primeiro ano desta criança na minha vida. Enquanto educadora, é necessário questionar: o que esta criança merece receber? 

Para cada ação pedagógica planejada e para cada proposta a ser vivenciada é importante refletir que precisamos ser o exemplo enquanto adultos para depois termos uma sociedade em que as crianças de hoje tenham a possibilidade de construir um futuro melhor para a humanidade. 


Ainda podemos perceber que é possível resgatar em nós o encantamento dos nossos primeiros anos de profissão.
UM POUCO de cada experiência de vida..
UM POUCO  de cada encanto sentido e vivenciado...
UM POUCO de tudo que vai servir de lição...
UM POUCO de cada ação que escolhemos ter...
UM POUCO de brilho no olho, aquele de quando começamos na profissão...
UM POUCO já é MUITO...
Porque UM POUCO é TUDO
o que precisamos para
FAZER HOJE AS MUDANÇAS QUE IREMOS PRECISAR AMANHÃ!


REFERÊNCIAS
BRASIL/MEC. LEI nº. 9.394/96 – Das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Dezembro 1996 (Artigos. 22 e 29).
CURY, Augusto Jorge. A turma da floresta viva: Ansiedade para filhos e alunos. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.
CURY, Augusto Jorge. Pais Brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Esextante, 2003.
WALLOW, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições, 1995.

SUGESTÕES DE VÍDEO

- Desenvolvimento Afetivo (UNIVESP, 2010) https://youtu.be/IUSVeVnmt1U

domingo, 13 de maio de 2018

Diálogos Cabíveis entre Piaget, Vigostky e Freire

Refletir sobre o processo de construção de conhecimento e aquisição da linguagem, em especial para professores de educação infantil, é fonte de inspiração e faz de uma escolha didática e metodológica que serve como norte para a prática docente.

Inicialmente é importante frisar que desde seus primeiros anos de vida, o indivíduo necessita vivenciar o respeito às suas fases de desenvolvimento e maturidade, sendo estimulado a avançar (no seu tempo), pois cada indivíduo, apesar de pertencer a um grupo e uma faixa etária específica, tem seu tempo e sua maturidade é construída individualmente, ainda que as interações sociais sejam de grande valia.

Cultural e socialmente é perceptível o quanto o contexto familiar nos é impactante na aquisição da linguagem, muitas pronúncias de palavras tornam-se diferenciadas, por ser expressão da aprendizagem social, promovida em ambiente familiar, através do exemplo e do repertório de palavras e expressões verbais pronunciados pelos familiares no contexto familiar em que a criança está inserida. 

Percebe-se desde o berçário 2 uma crescente preocupação dos pais com a pronúncia dita "correta" das palavras para que seus filhos sejam compreendidos, no entanto já recebemos no Infantil 5, crianças chegando pela primeira vez na escola, com muitas dificuldades de expressão verbal, bem como, com pouco vocabulário.

É importante lembrar que, em tempos de cultura digitais e principalmente de mídias móveis, as crianças, cada vez mais cedo, estão tendo acesso aos canais de Youtube e, deste modo, encontramos nas suas falas, muito das características dos personagens de desenhos ou programas animados, como por exemplo: "... É só latir por ajuda" (Patrulha Canina), "Papai bobinho" (Peppa Pig), "Porque..." (Show da Luna), "Me dá. Me dá. Me dá". (Masha e o Urso), entre muitas outras expressões que passam a ser presentes no repertório das crianças.

Na contrapartida está então a família e a escola, construindo laços e propondo ações que sejam significativas para o desenvolvimento linguístico e para a formação social, cultural e pedagógica da palavra seja ela falada ou escrita. E todo este processo segue ao longo da vida, sendo promovido e ampliado a partir de nossas experiências, conforme vamos também compreendendo o desenvolvimento do pensamento (cognitivo) e o desenvolvimento da linguagem, ambos muito importantes para o indivíduo.

Deste modo podemos destacar que, de acordo com a perspectiva que Piaget sempre teve em resolver problemas epistemológicos, utilizando-se de diferentes contextos para exemplificar como o sujeito aprende e fornecendo explicações mais objetivas sobre o mundo que o cerca. Piaget realizou pesquisas estabelecendo a psicogênese como metodologia para compreender melhor as origens e a estruturação que acontece progressivamente no processo de aquisição do conhecimento e, desta forma, conseguiu também investigar a função da lógica e da linguagem no campo da aprendizagem e do ensino. 

Quando relembramos as concepções Vigotskyanas sobre a aquisição da linguagem, podemos dizer que, para ele, o crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem. Vygotsky nos traz também a ideia de que por meio da interação social, o sujeito estabelece uma conexão com elementos essenciais e que servem de mediação aos seus processos mentais e, desta forma, algumas funções psicológicas fundamentais vão sendo firmadas no sujeito, tais como: perceptividade, memorização, pensamento, atenção, desenvolvimento da interação sociocultural. Outro conceito vygotskyano são os signos (sistema representativo da linguagem que atuam entre o significante e o significado), como por exemplo: mesa, cadeira, livro, cortinas. Complementando seus estudos, nos faz perceber também a presença de um sistema destes signos, os quais são compartilhados por uma sociedade, como por exemplo: a língua, a escrita, o sistema numérico, entre outras convenções sociais que facilitam a comunicação entre pares.

Outro teórico e estudioso da educação que deixou seu legado foi Freire (1996, p.27) nos instigando a refletir que "A importância do papel do educador, pelo mérito da paz, com certeza é que sua tarefa docente não apenas ensina os conteúdos, mas também ensina a pensar". O envolvimento necessário do estudante com a sua própria mudança de atitude irá influenciar diretamente na sua realidade; posicionamento este tão importante e que fortalece a autonomia e promove a vivência da dignidade humana e da justiça social. Estabelecer critérios que sirvam de exemplo para que ações afirmativas de cunho social, político, cultural e educacional sejam elencadas como prioridade faz parte, por assim dizer, da essência do papel do educador e influenciam diretamente em suas escolhas metodológicas e didáticas e, por fim, na sua prática docente.

Portanto, entende-se, a partir das leituras sugeridas neste semestre letivo no curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRGS, que tanto Piaget, quanto Vygotsky e Freire (preocupados com o processo de ensino e aprendizagem), deixaram inúmeras contribuições que nos auxiliam, atualmente, a compreender a educação e o mundo, de forma que também podemos continuar utilizando seus estudos e suas ferramentas didáticas e metodológicas para avançar nos estudos sobre o desenvolvimento cognitivo e a aquisição da linguagem humana.


REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários á prática educativa: São Paulo, Ed. Paz e Terra: 1996.
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.
SILVA, Samanta Demétrio da. Aquisição da Linguagem. Webartigos, Porto Alegre, p.01-12, 2010. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208>. Acesso em: 22 jul. 2010.

domingo, 6 de maio de 2018

Inovações Pedagógicas

Texto "Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na Universidade", escrito por Maria Isabel da Cunha, indicado pela professora Mariângela Zied, na interdisciplina Educação e Tecnologias da Comunicação e da Informação, nos apresenta conceitos que são também atuais e constitui parâmetros que facilmente permeiam o dia a dia na escola pública de educação infantil onde atuo como professora.

Conceituando o termo inovações pedagógicas
- propostas pedagógicas novas; 
- experiências pedagógicas que saem do território formal;
- encontra possibilidade de articulação entre saberes científicos e saberes populares;
- podendo também estar ligada a novas formas de pensar;
- mudanças de concepções;
- ruptura de paradigmas;
- é a procura por soluções diferentes para a resolução de um mesmo problema;
- "pessoas inovadoras preservam um pensamento crítico e tem um compromisso social com sua profissão";
- "professores mais capazes de pensar novas perspectivas para o ensino";
-  formas de gestão e trabalho coletivo;
- novas metodologias;
- diferentes racionalidades na construção do processo ensino-aprendizagem;
- ensino e pesquisa;
- procuram articular diretamente a teoria e a prática;
- experimentam novas alternativas de comunicação envolvendo tecnologias virtuais;
- procuram inserir o conhecimento científico nos marcos culturais dos estudantes;
- extrapolam o tempo e espaço tradicional de sala de aula para alcançar aprendizagens significativas;
- há ações que estimulam a autoria e protagonismo dos alunos numa perspectiva emancipatória;
- há os que lançam mão de processos interdisciplinares para encaminhamento de seus objetos de estudo.

Deste modo, é compatível perceber, no contexto educacional, uma importante e crescente mudança seja metodológica como também filosófica. Para Lucarelli (2000, p. 36) [...] "a pedagogia universitária é um espaço de conexão de conhecimentos, subjetividades e cultura, exigindo um conteúdo científico, tecnológico ou artístico altamente especializado e orientado para a formação de uma profissão". 

E é sob este viés que está sendo vivenciado o curso de Licenciatura em Pedagogia pela UFRGS na minha vida profissional e pessoal. A partir das vivências e reflexões feitas no PEAD, muitas outras mudanças estão acontecendo no meu dia a dia como professora e ser humano.

Destacando ainda o que é um professor de sucesso na Universidade, referencia-se Cunha (2004, p. 6):
[...] "a competência situa-se, justamente em agir diferenciadamente para cada situação, a partir da leitura da cultura e das condições de produção do conhecimento que se estabelece entre o professor e seus estudantes".
A partir desta reflexão, mais uma vez, é potencializador pensar que não estamos sós neste caminho pela ação que gera uma mudança metodológica e afirmativa no fazer pedagógico escolar, seja para um profissional atuante na Universidade ou para aquele que atua na Educação Básica. Partimos do mesmo pressuposto de que o diferencial é a conexão estabelecida na relação entre professor e estudantes, esta ação é potencializadora ou não, de um processo de ensino e de aprendizagem bem sucedido. 

Uma perspectiva, novamente reafirmada por Cunha (2004, p.7 - 11), quando nos lembra que :
"o exercício da docência nunca é estático e permanente; é sempre processo, é mudança, é movimento, é arte; são novas caras, novas experiências, novo contexto, novo tempo, novo lugar, novas informações, novos sentimentos, novas interações. [...] A alternativa escolhida para uma intervenção que valorize a prática pedagógica inovadora do professor, foi a pesquisa. Acreditamos que a investigação pode, ao mesmo tempo em que produz conhecimentos, favorecer a formação. Isso porque o professor, ao ser instigado a falar sobre suas concepções e experiências, organiza seu pensamento e utiliza a narrativa como processo reflexivo".

Portanto, ao debater inovação pedagógica é importante refletir sobre as nossas escolhas, sejam elas no campo universitário (foco do texto sugerido) ou na escola pública em que atuamos. portanto, entende-se que é a partir das escolhas que fazemos no cotidiano que compomos ou não um cenário inovador. É preciso que as ações escolhidas estejam pautadas principalmente na escuta sensível, no olhar atento e no diálogo constante entre professores, estudantes e comunidade escolar envolvida. deste modo, possibilidades e potencialidades inovadoras farão parte do contexto educacional e a prática pedagógica ampliará as demandas emergentes em seu contexto educacional.

REFERÊNCIAS
CUNHA, Maria Isabel da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugual, 16 a 18 de setembro de 2004.
SCHLEMMER, Eliane. O trabalho do professor e as novas tecnologias. Revista Textual - SINPRO/RS. Porto Alegre: setembro de 2006.



domingo, 29 de abril de 2018

Ações e Escolhas de Adultos X o Impacto nas Relações de Crianças com as Tecnologias Móveis - Parte II

Brevíssimo relato de Experiência Profissional com as Tecnologias Móveis em Educação Infantil 

Falando em ações concretas, eu escolhi, como professora de educação infantil, trabalhar com o Smartphone com a turma de 4 e 5 anos da Educação Infantil.

Levei também o notebook, o microfone, a filmadora, a caixa de som gigante da escola, a caixinha de som que têm Bluetooth (ganhada na rifa da escola) e juntei todos estes recursos tecnológicos para uma única e importante ação: conscientizar! 

As crianças de 4 e 5 anos não precisam mais ser apresentadas ao Data Show da escola, por exemplo, elas já sabem para que ele serve. 

Entendo que o que elas precisam é aprender a pensar sobre suas escolhas tecnológicas, sobre o que fazer com tantas informações encontradas no YouTube, nas salas de ambientes virtuais e nas plataformas de games, suas preferências. 

Elas precisam, antes de mais nada, compreender que para tudo na vida existem regras, combinações e exceções. Assim como quando saímos na rua para um passeio com a escola ou com a família podemos encontrar pessoas malvadas que nos roubam ou fazem mal, no uso da rede e dos materiais digitais disponíveis na internet, também precisamos ter cautela, perguntar para um adulto responsável antes de seguir adiante com alguma ação que desconhecemos.

A escolha pela educação audiovisual desde 2016 têm sido desafiadora e tem permitido, diariamente, vivenciar diferentes expectativas e situações problemas que estão sendo resolvidas coletivamente na turma e, em muitas vezes, necessitam da mediação e parceria das famílias responsáveis, como por exemplo para a autorização de uso do direito de imagem de cada criança.

Refletir e Agir: a dupla parceira que fundamenta a questão inicial e final desta trajetória

Todas estas ações e reflexões nos mostram um caminho, uma direção para que possamos encontrar assertividades e possibilidades viáveis na interação mediada entre as relações de crianças com as tecnologias móveis e midiáticas. 

É um debate iniciado que precisa ser amadurecido e instigado a muitas outras reflexões, mas começar é sempre uma maneira de seguir adiante acrescentando um pouquinho do que cada um já sabe e espalhando este pouco para que muitos outros também descubram, vamos aprendendo e ensinando mutuamente, de forma colaborativa e reflexiva.

É importante buscarmos informações, pois pesquisas recentes indicam como tem funcionado o contato de crianças com as tecnologias e as suas consequentes demandas advindas deste uso equivocado e livre de cuidados e mediação.

#JuntosSomosMaisCultos

domingo, 22 de abril de 2018

Indagações Cabíveis sobre as Tecnologias Digitais (e móveis)

A abordagem estabelecida no Prezi Cultura Digital e Educação: quais transformações? que foi indicado pela professora Mariângela Ziede na interdisciplina Educação e Tecnologias da Comunicação e da Informação, nos trás tantas indagações cabíveis a este momento em que procuramos refletir sobre as tecnologias digitais (e móveis).

Algumas destas inquietações estão tão presentes no nosso dia a dia que também fazem parte de um vasto repertório de dúvidas e incertezas:

- Como a nossa memória se propaga no tempo?

- Como a humanidade tem registrado as informações que considera pertinentes? Onde nossa cultura se registra?

- Onde estão e quem tem acesso às informações? E, hoje, como estão sendo produzidas e armazenadas? Características da informação digital: compactação, alta fidelidade, velocidade.

- Como a Educação é considerada no Espaço Educativo onde atuamos (Escola)?

- Qual o papel da comunicação e da interação para as aprendizagens?


De acordo com o Prezi sugerido, André Lemos nos apresenta e conceitua os três  princípios básicos que se destacam para que possamos compreender as recombinações em jogo na cultura contemporânea: emissão, conexão e reconfiguração.

Lemos também nos explica sobre emissão, que:
[...] "pela primeira vez, qualquer indivíduo pode produzir e publicar informação em tempo real, sob diversos formatos e modulações, adicionar e colaborar em rede com outros, reconfigurando a indústria cultural".
E ao se tratar de conexão, Lemos complementa nos fazendo refletir que:
"É preciso emitir em rede, entrar em conexão com outros, produzir sinergias, trocar pedaços de informação, circular, distribuir. Esse segundo princípio, a conexão em rede telemática, parece ser mesmo uma característica fundamental da cibercultura".
Ainda procurando fundamentar sua teoria, Lemos nos conduz ao conceito de reconfiguração, informando que:
[...] "emitir e conectar produz o terceiro princípio em voga hoje na cultura contemporânea: a reconfiguração (de práticas e instituições) da indústria cultural massiva e das redes de sociabilidade da sociedade industrial".
 

Para finalizarmos a presente reflexão cita-se as ideias expressadas em grupo no Fórum "Memórias da Tecnologia na Escola", onde ANDRADE, NECCHI e XAVIER, destacam que "a tecnologia na educação apresenta-se como meio ou instrumento para favorecer a aprendizagem. não cabe a ela resolver o problema da educação, mas o seu uso adequado pode gerar grandes mudanças na maneira de ensinar e aprender".

Contudo é ainda pertinente reavaliar os nossos questionamentos e as nossas posturas frentes à demanda necessária que envolve a formação de profissionais atuantes na área da educação com as tecnologias digitais, em especial a tecnologia móvel, pois cada vez mais cedo o estudante está com o Smartphone nas mãos e tem acesso a uma gama infinita de conteúdos, mesmo antes de ter adquirido maturidade para compreender determinadas postagens/reportagens e assuntos ligados à rede virtual de informação. Mais uma vez, reafirmo que o professor que opta por dar espaço ao estudante utilizar a tecnologia, principalmente a móvel, na escola precisa também ser um mediador: estabelecendo limites entre o bom senso e o respeito no uso das tecnologias.

REFERÊNCIAS




domingo, 15 de abril de 2018

Conceituando Cibercultura

Conceituar a Cibercultura é uma ação reflexiva e pedagógica necessária não só no contexto de formação do currículo escolar, mas especialmente para que o processo de ensino e aprendizagem aproxime-se cada vez mais das reais necessidades e potencialidades do estudante e da comunidade em que ele está inserido.
Quando nos debruçamos sobre os estudos de Lévy (1993, p. 118) entendemos que a cibercultura traz uma mutação da relação com o saber que nos solicita também uma mudança na postura, na metodologia e na didática profissional. Segundo o autor:
"o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas”, [...] como a memória, que se encontra tão objetivada em dispositivos automáticos, tão separada do corpo dos indivíduos ou dos hábitos coletivos que nos perguntamos se a própria noção de memória ainda é pertinente, [...] como a imaginação, que se enriquece com as simulações; como a percepção, que se amplifica com os sensores digitais (as realidades virtuais)”.
Além do mais, compreender os processos que envolvem a construção desta cultura que se fortalece através de vínculos virtuais, mas que são estabelecidos por pessoas em tempo e em espaços reais, na maioria das vezes não compartilhados presencialmente mas em algumas vezes sim.
Conforme nos apresenta Lévy (1999, p. 17) em seus estudos, a cibercultura designa “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”. Complementando, o mesmo autor considera que o ciberespaço é “o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores”.
Deste modo é destaque que a vivência de uma cultura digital que emerge juntamente com a tecnologia cada vez mais próxima do interlocutor é uma realidade social existente e relevante e que precisa, de forma, emergente estar sendo debatida e vivenciada nas instituições de ensino.



domingo, 8 de abril de 2018

Ações e Escolhas de Adultos X o Impacto nas Relações de Crianças com as Tecnologias Móveis - Parte I

Tirar o Smartphone e o acesso às tecnologias móveis da mão das crianças já não é mais possível, portanto é papel de pais e educadores mediar esta relação entre criança e aparelhos eletrônicos, superando as principais consequências de um processo que se fortalece sem mediação e informação, devido há tantas formas diferentes de podermos lidar com os recursos que hoje cada criança carrega consigo na palma da mão.

Destaca-se neste texto reflexivo a relevância que se estabelece entre a ferramenta disponível e o bom uso que podemos fazer dela em nosso dia a dia.

Como professora de educação infantil há 19 anos, tenho acompanhado, diariamente, o acesso as tecnologias móveis por parte das famílias e também das crianças em idade entre os 4 meses aos 5 anos e 11 meses nas comunidades onde atuo. É perceptível o enorme crescimento do uso de Smartphone e Tablet por parte dos pais para entreter suas crianças em diferentes contextos diários.

Esta é sim uma demanda em ascensão que não só preocupa, bem como nos solicita uma ação emergente: nos cabe, como pais e educadores, mediar as relações entre a tecnologia móvel e a criança, para que todos possamos fazer um bom uso destes recursos e que não nos deixemos apenas levar por modismo, sem pensar nas consequências de nossas escolhas.

Refletir sobre nossas escolhas e nossas atitudes, debater sobre suas consequências em nossa vida e na comunidade onde estamos inseridos sempre foi e será o melhor caminho para evitar ou mesmo diminuir o índice de problemas futuros que emergem de situações onde bom senso e a mediação não estavam presentes.

Entende-se que assim como uma criança precisa de orientação nas primeiras vezes que for atravessar uma rua movimentada, em que necessitará ser incentivada a prestar atenção no trânsito e a fazer escolhas que previnam um acidente, também é necessária está intervenção por parte dos adultos responsáveis no uso adequado das tecnologias móveis. 

E isto é fato, pois que na palma da mão já estão disponíveis e o quê demanda agora é a mediação responsável por parte do adulto para estabelecer limites, regras, combinações e o mais importante: informar sobre os riscos e as consequências das ações que desempenhamos atrás das telas sensíveis de nossos aparelhos eletrônicos.

É inerente ao ser humano estabelecer relações de comunicação entre pares, deste modo, podemos dizer que é também saudável oportunizar que crianças de diferentes culturas e países se comuniquem entre si e estabeleçam relações interpessoais, porém antes de nos conectarmos com estranhos de lugares distantes é necessário que saibamos olhar no olho, nos comunicar com os pares que estão ao nosso lado, de forma presencial. Saber dividir um brinquedo no parquinho é tão importante como saber que não devemos abrir as caixas de diálogos (spans) que surgem na tela do Smartphone ou Tablet quando a criança está jogando o aplicativo Tom ou assistindo um vídeo no YouTube, por exemplo.

É relevante destacar que estas escolhas, por parte das crianças, não podem acontecer por acaso ou de forma aleatória, elas precisam ser ensinadas a pensar sobre, é fundamental o debate, o diálogo informativo e reflexivo desde a tenra idade e principalmente o estabelecimento de limites seja de tempo e/ou de endereços eletrônicos a serem visitados ou não pela criança. 

Nosso cotidiano corrido, com inúmeras tarefas e agora infindáveis diálogos para retornar via WhatsApp (apenas um de tantos exemplos) nos movem para tomarmos ações impensadas, como por exemplo: deixar o Tablet (pelo tempo que precisamos) nas mãos de uma criança de 4 anos, sem monitoramento e combinações prévias. 

Não é questão de julgarmos aqui o comportamento de pais/mães atarefados e com pouco tempo disponível, é o caso sim de refletirmos sobre nossas escolhas, de nos posicionarmos frente as demandas da tecnologia móvel no nosso dia a dia e nos orientarmos também. Imaginem quantos adultos enviam mensagens no WhatsApp e respondem as ditas “correntes” sem saber que podem estar enviando vírus para os outros? Na maioria das vezes o que nos falta é a informação, é conversar sobre nossas dúvidas e encontrar mecanismos para mediar as relações entre tecnologia móvel, bom uso e bom senso, seja para nossas crianças ou para nós mesmos. 

Nós também, enquanto adultos: ao refletir e dialogar com outras pessoas que estudam sobre tecnologia e enfrentam estes mesmos problemas, estaremos aprendendo a nos proteger perante tantas novidades tecnológicas que queremos usufruir, mas que precisamos ter cautela, informações, responsabilidade e bom senso que são tão úteis e necessários até mesmo ao comprarmos um aparelho eletrônico novo para nosso lar (como uma cafeteira por exemplo: por mais simples que seja o seu manuseio, se esquecermos ela ligada com pouco ou sem café, corremos um sério risco de chegarmos em casa, ao final da tarde, e encontrarmos, no mínimo, uma jarra torrada). 

Portanto, são nestes pequenos mas não menos importantes detalhes que podemos mediar as nossas relações com as tecnologias móveis e, por consequência, ensinar nossas crianças a estabelecer relações saudáveis consigo mesmo e com a mobilidade que emerge destas inter-relações tecnológicas.

Pensemos no trânsito das grandes cidades, por exemplo: quantos de nós, alguma vez ou outra, já parou na sinaleira e utilizou este tempo para rapidamente desbloquear o Smartphone para ver se entrou aquela esperada mensagem? 

Pois bem, algumas ações simples tornaram-se de fato tão corriqueiras no nosso dia a dia que não analisamos mais suas consequências e nem mesmo pensamos sobre elas, mas ela fazem parte do nosso contexto e nos pedem que tenhamos opiniões e posicionamentos perante estas demandas, pois mesmo que não estejamos dispostos a fazer isto, mais cedo ou mais tarde às consequências virão: como por exemplo a multa que chega pelo correio por estar usando seu Smartphone na sinaleira ou mesmo o vírus (por ter clicado, sem perceber, na janela que estava aberta antes da mensagem principal aparecer) e que desavisadamente fez você perder todos os dados e ter que formatar seu aparelho.

... #JuntosSomosMaisCultos ...   

domingo, 1 de abril de 2018

Políticas Públicas para Educação a Distância

Em tempos de pensamentos críticos e reflexivos sobre as ações políticas públicas em nosso País é também importante revisitarmos algumas leituras significativas sobre Políticas Públicas para EaD, pois além de serem importantes para a formação crítica e construtiva no papel de cidadã e professora que exerço, penso que também irá contribuir na escrita do Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia (modalidade EaD) em 2019.

Um dos textos mais significativos que li, nos últimos tempos sobre a Organização da EaD no Mundo e também no Brasil foi escrito por Ribeiro(2016) e disponibilizado pela Profª Drª Cíntia Inês Boll na Disciplina Educação a Distância e Ambientes de Aprendizagem no curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRGS (modalidade presencial). Considerando a relevância desta temática, sugiro a leitura na íntegra do texto de Ribeiro (2016).

Fazer uma relação da maneira como lidamos com com a EaD no Mundo e no Brasil também é foco de muitos estudos e debates pertinentes à temática Políticas Públicas na Educação a Distância, tendo em vista que nos deparamos com uma legislação específica que oportuniza o acesso a educação de uma forma que o estudante que trabalha também possa usufruir dos benefícios de continuar seus estudos. No Prezi destacam-se, de forma resumida, os principais pontos que são abordados na legislação que rege o Ensino a Distância no Brasil.



Percebe-se que são muitas as estratégias que nos mobilizam em busca de compreendermos o contexto histórico educacional em que a EaD surge, bem como, a importância de percebermos a proposta que envolve a demanda crescente da EaD tanto no Mundo como no Brasil. Tendo em vista estas necessidades, entende-se que a pesquisa neste campo está sendo debatida aqui de forma superficial, pois apesar de serem textos bem completos, são textos que nos inspiram a buscar novas leituras e informações para compreendermos melhor a formação conceitual e temporal que circunda as questões políticas e éticas da Educação a Distância que está crescente no Brasil e no Mundo.

Portanto, pretende-se, através deste post coletar novos dados e ir acrescentando novas referências e novos contextos sobre a temática: Políticas Públicas em EaD.

domingo, 25 de março de 2018

Conhecendo o Programa NUVEM Unisinos

Em 19/03/2018 foi o lançamento do Programa NUVEM - Núcleo Universitário de Educação para as Mídias pela Unisinos  - Universidade do Vale do Rio dos Sinos.


Neste primeiro momento, o Programa NUVEM oportunizou um debate sobre o uso das rede sociais, fake news (notícias falsas) e exercício da cidadania e contou com a presença de:

- Pe. Pedro Gilberto Gomes, professor e vice-reitor da Unisinos 
Sua fala contribuiu para a reflexão inicial sobre as demandas que envolvem comunicação, cultura e mídia. Fortalecendo a dialogicidade entre diferentes possibilidades da comunicação midiática sob uma perspectiva reflexiva e respeitosa entre os sujeitos envolvidos.

Profa. Pós Dra. Anna Christina Bentes do Departamento de Linguística da UNICAMP/SP. 
Sua contribuição versou sobre o uso da língua(gem), focando no sistema linguístico e nas suas relações entre outros sistema de cunho verbal e não verbal. 

- Advogado e Profº. Ricardo Campos, assistente de docência na disciplina do direito público e teoria do direito na faculdade Goethe Universität Frankfurt am Main na Alemanha.
Propondo o diálogo sobre a jurisprudência que se encontra implícita nas relações estabelecidas entre os sujeitos que frequentam as redes sociais e perpassando por situações do cotidiano que envolvem o usuário com questões pertencentes ao Direito Internacional Econômico, ao Direito Público, ao Direito Penal, ao Direito de Mídia, bem como a Filosofia do Direito e a Sociologia.

- Jornalista e Colunista Luis Nassif, comentarista econômico na Rede Bandeirante de Televisão e da TV Cultura de São Paulo.
Aprofundou o debate sobre a temática "fake news", desdobrando as reflexões que surgem a partir do significado de "notícias falsas" que, mesmo antes da existência das redes sociais, já eram utilizadas por mídias impressas e televisivas de renome nacional e internacional. Perpassou por alguns exemplos reais vivenciados por ele durante suas vivências na área do jornalismo. Nos conduziu por reflexões sobre a gestão das redes sociais, a inovação, os direitos sociais e a terminologia "justiça de transição".

Conceituando que:  “Toda transição é diferente. Todavia, não importa onde se concretize, a verdadeira justiça de transição só se realiza quando traz justiça para as vítimas”. (Faermann, 2015).

Podemos encontrar a reportagem completa sobre a terminologia "Justiça de Transição": https://jornalggn.com.br/tag/blogs/grupo-justica-de-transicao

Considera-se, portanto, essencial participar de ações pontuais que se propõem a estudar e dialogar o uso das redes sociais, ainda mais em tempos de mídias móveis.

Deste modo, mais uma ação potencialmente afirmativa como a proposta do Programa NUVEM é de fundamental interesse para que professores e estudantes não só estejam conectados e acompanhando as tendências tecnológicas na interação dos sujeitos, mas principalmente que compreendam suas funcionalidades e que as utilizem com respeito aos direitos humanos.


domingo, 18 de março de 2018

Criação de Materiais Pedagógicos Digitais

Umas das demandas da educação tecnológica nas escolas de educação básica é a criação de materiais pedagógicos digitais. Algumas opções podem nos servir de exemplo e inspiração.

Na área da educação audiovisual, um potencial vídeo instrutivo e didático criado sobre os meios de transportes pode ser visualizado neste link Projeto "No trânsito somos todos pedestres". O interessante nesta produção é que todos os alunos estiveram envolvidos na produção: inicialmente a Maquete e, posteriormente, na criação do roteiro e da montagem de cenas para criação do vídeo estudantil.

Há, também, registros de atividades na Universidade no repositório do Lume UFRGS que nos remetem ao Desenvolvimento de Mídia para a Educação a Distância. ]Percebemos que a interatividade está cada vez mais presente nas aulas, envolvida por: apresentações em Power Point, Prezi, filmes curtos e dinâmicos, bem como a criação de aplicativos que proporcionam uma integração do conteúdo estudado à nossa prática cotidiana, considerando sua proximidade e seu fácil acesso. As propostas pedagógicas na escola, podem e devem estar envolvidas neste processo de construção e de exploração dos materiais pedagógicos digitais, pois dele demanda não só a perspectiva da interação, mas principalmente a possibilidade de integrarmos mais de um conhecimento num mesmo material, envolvendo o aluno na construção dos mesmos e na elaboração dos seus saberes de forma compartilhada e colaborativa.

Podemos citar também, com foco ainda na educação audiovisual a proposta pedagógica que envolve a Leitura de criações audiovisuais contemporâneas: desenho animado e videoarte, mais um material disponibilizado no Lume da UFRGS.

A dinâmica do uso das potencialidades do audiovisual em sala de aula representam uma metodologia aplicada à aprendizagem colaborativa e significativa. Especialmente quando se trata de turmas de crianças menores, como por exemplo na educação infantil em que a participação de todos é essencial durante o processo de seleção do tema, preparação dos materiais, criação da ideia base para o filme, escrita coletiva do roteiro/história, construção de cada etapa do processo, gravação de vídeo/cenas, gravações de áudios, escolha de imagens/cenas, montagem da primeira versão, assistir a versão preliminar, reeditar, filmar e gravar mais áudios, montar e remontar a sequência, adaptar o roteiro criado inicialmente (quando necessário), estabelecer critérios para participar de festivais e mostras de vídeos estudantis, envolver as famílias no processo criativo e no importante papel que desempenham de espectadores, envolver a comunidade escolar também como espectadores. 

Esta ideia é reforçada pelas pesquisas de Pereira (2012, p. 30), que nos fazem refletir que:
"Trabalhar com a produção de vídeos nos apontou muitos caminhos para educar pessoas que saibam exercer sua cidadania, pois ao lidar com as possibilidades de sua imagem em relação com a imagem do outro, criar histórias em conjunto e respeitando o pensamento do outro, é um exercício de socialização, de respeito e, sobretudo de valorização de si e do outro porque juntos e somente juntos podemos criar coisas novas. Juntos podemos pensar alternativas para uma nova forma de viver e superar os problemas que as gerações passadas nos impuseram e juntos podemos criar novos horizontes".

Deste modo, entende-se que permitir essencialmente um olhar atento e uma escuta sensível são peças chaves para desencadear toda ação educativa que envolve a criação de materiais digitais na escola, especialmente os vídeos estudantis com a educação infantil.


REFERÊNCIAS
PEREIRA, J. e JANHKE, G. Produção de Vídeo nas Escolas Educar com Prazer - Estudo de Caso Escola Independência. Pelotas: 2012.